Cirurgias cardíacas convencionais e robótica: comparativo das atividades de vida diária

Sección: Originales

Cómo citar este artículo

De Barros ACG, Dos Santos AA, Galvão ECF, Püschel VAA, Messias CM. Cirurgias cardíacas convencionais e robótica: comparativo das atividades de vida diária. Rev. iberoam. educ. investi. Enferm. 2016; 6(4):55-61.

Autores

1 Ana Carolina Godoy de Barros, 2 Anselmo Amaro dos Santos, 3 Elizabeth Correia Ferreira Galvão, 4 Vilanice Alves Araújo Püschel, 5 Cláudia María Messias

1 Graduanda do Curso de Enfermagem da Universidade Paulista (Brasil).
2 Professor Mestre do Curso de Enfermagem da Universidade Paulista (Brasil).
3 Professora Mestre do Curso de Enfermagem da Universidade Paulista (Brasil).
4 Professora Livre Docente do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (Brasil).
5 Professora Mestre do Curso de Enfermagem da Universidade Castelo Branco (Brasil).

Contacto:

Email: carol_godoy@yahoo.com.br

Titulo:

Cirurgias cardíacas convencionais e robótica: comparativo das atividades de vida diária

Resumen

Objetivo: evaluar el impacto de la cirugía cardiaca robótica y convencional en el periodo post-operatorio así como la correlación de las influencias sobre las actividades de la vida diaria (AVD).
Método: estudio cualitativo, con metodología de “historia oral". La muestra constó de cuatro pacientes que aceptaron participar en la investigación. Los datos fueron obtenidos a través de entrevistas, que se transcriben y se agrupan en las categorías de análisis.
Resultados: los resultados de la investigación han puesto de manifiesto que los sentimientos de miedo y aprensión fueron los más experimentados por los encuestados en la cirugía cardiaca pre-operatorio y el método robótico, y se beneficiaron de la corta estancia en la Unidad de Cuidados Intensivos (UCI), alto retorno de una pronta y rápida vuelta  a las AVD.
Discusión/conclusiones: la técnica quirúrgica de bypass coronario robótica, en comparación con la técnica convencional, influye positivamente en la recuperación cardiaca en relación con AVD y las actividades instrumentales de la vida diaria.

Palabras clave:

cirugía cardiaca ; robótica ; actividades cotidianas ; periodo post-operatorio

Title:

Conventional and robot-assisted heart surgery: a comparison of activities of daily living

Abstract:

Purpose: to assess impact of robot-assisted and conventional heart surgery in postoperative period, and its correlation with their influence on activities of daily living (ADL).
Methods: a qualitative study using "oral history-taking". Four patients accepting to participate were included in the study. Data were collected through interviews that were transcribed and classified into analysis categories.
Results: fear and apprehension feelings were shown to be the most commonly present in respondents regarding heart surgery, preoperatively, and robot-assisted surgery, and benefits were a short stay in intensive care unit (ICU) and a high return to a fast recovery of ADL.
Discussion/Conclusions: surgical technique for robot-assisted coronary bypass, in comparison with conventional technique, has a favorable impact on cardiac recovery regarding ADL and instrumental activities of daily living.

Keywords:

cardiac surgery; robotics; activities of daily living; postoperative period

Portugues

Título:

Cirugía cardiaca convencional y robótica: comparación de las actividades de la vida diaria

Resumo:

Objetivo: avaliar o impacto da cirurgia cardíaca robótica e convencional no pós-operatório tardio, correlacionando as influências nas atividades de vida diária (AVD).
Método: o presente estudo qualitativo teve como método a “História Oral”, a amostra foi constituída por quatro pacientes que aceitaram participar da pesquisa. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, transcritos e agrupados em categorias de análise.
Resultados: os resultados da investigação permitiram evidenciar que os sentimentos de medo e apreensão foram os mais vivenciados pelos entrevistados na fase pré-operatória, e que os cardiopatas operados pelo método robótico se beneficiaram da curta permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), da alta precoce e do rápido retorno às AVD.
Discusao/Conclusão: conclui-se que a técnica cirúrgica robótica de revascularização do miocárdio, quando comparada à técnica convencional, influencia positivamente na recuperação cardíaca no que se refere às AVD e atividades instrumentais de vida diária.

Palavras-chave:

cirurgia cardíaca; robótica; atividades cotidianas; período pós-operatório

Introdução

A problemática desta pesquisa perpassa pelo reconhecimento do impacto da cirurgia cardiovascular convencional e da cirurgia cardiovascular robótica no pós-operatório tardio (POT) da Revascularização do Miocárdio (RM), sendo este considerado o período entre a alta hospitalar até três meses depois.

Em estudos realizados observamos relatos de situações enfrentadas por pacientes submetidos à cirurgia cardíaca convencional que englobam a limitação de movimentos, adesão à dieta específica e prática de exercícios físicos, bem como a dependência de outras pessoas para realizar atividades rotineiras (1).

A cirurgia minimamente invasiva tem como objetivo diminuir o trauma cirúrgico, o tempo de internação e os custos hospitalares (2). Isto se traduz em menor morbidade pós-operatória e tem reflexo direto no custo individual do procedimento. Atualmente, de forma restrita e selecionada, de acordo com a gravidade e a indicação da cirurgia, pacientes são submetidos a este tipo de procedimento para Revascularização do Miocárdio (RM), realizado por meio endoscópico (2,3-4) e com a utilização de robôs.

Confrontando a técnica convencional e a minimamente invasiva, estudos têm demonstrado resultados semelhantes quanto à sobrevida, mas com diferenças expressivas quando se refere à técnica robótica relacionada à dor no pós-operatório imediato, resultando em menor índice de analgesia, de arritmias, de perda sanguínea e necessidade de transfusão e, sobretudo, menor risco de infecção.

Assim, este estudo visa contribuir para o conhecimento da influência do método cirúrgico nas atividades de vida diária (AVD), que consiste na aptidão que uma pessoa precisa ter para realizar tarefas necessárias para cuidar de si, e nas atividades instrumentais de vida diária (AIVD) dos pacientes, que é a habilidade para administrar o ambiente em que vive (3).

Com este entendimento, as questões de pesquisa foram: Que sentimentos afloram nos pacientes que se submetem à cirurgia de Revascularização do Miocárdio (RM)? Quem permanece mais tempo internado e quem mais se beneficia no retorno às atividades de vida diária: os pacientes submetidos à cirurgia de Revascularização do Miocárdio pelo método convencional ou pelo método minimamente invasivo com sistema robótico?

Os objetivos da pesquisa foram: identificar os sentimentos que afloram nos pacientes que se submeteram à cirurgia de Revascularização do Miocárdio (RM) e comparar as atividades de vida diária no pós-operatório tardio de cirurgia de Revascularização do Miocárdio pelo método convencional e pelo método minimamente invasivo com sistema robótico.

Mesmo com tantos avanços, os pacientes que sofreram cirurgia cardíaca ainda apresentam prejuízo na capacidade funcional no que se refere às atividades de vida diária, como comer, tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, mover-se; e às atividades instrumentais de vida diária, como preparar a comida, lavar as roupas, cuidar da casa, fazer compras, ir ao médico e comparecer aos compromissos sociais e religiosos (3).

Logo, independência funcional significa, para o paciente, poder realizar as próprias atividades e ter condições motoras e cognitivas satisfatórias para tanto. A capacidade funcional é um aspecto relevante para a recuperação cardíaca. Quando o paciente depende de outras pessoas para realizar suas AVD, surgem prejuízos na esfera emocional, resultando em alterações nos demais setores de sua vida (4-5).

Material e método

Estudo comparativo, descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, tendo como método a História Oral. Optou-se pelo método qualitativo porque se aplica ao estudo das relações, representações das crenças, das percepções, opiniões e sentimentos (6).

A História Oral de Temática apresenta como característica a narração mais restrita de um entrevistado sobre um evento específico (7), e que nesta pesquisa trata dos relatos sobre a trajetória de recuperação, após a cirurgia cardíaca.

A amostra foi constituída por quatro pacientes, de ambos os sexos, que haviam realizado a cirurgia há mais de quatro meses, sendo dois submetidos à cirurgia cardíaca convencional e os outros dois à cirurgia cardíaca robótica e que, de modo voluntário, aceitaram participar da pesquisa.

A pesquisa foi realizada no município de Santos e somente quatro pacientes atendiam aos critérios da amostra de terem sido submetidos à cirurgia cardíaca, com o mesmo diagnóstico, idade aproximada, caso clínico e co-morbidades semelhante.

A trajetória de vida de cada entrevistado é, portanto, a porta de entrada para a realização da leitura dos depoimentos e a análise dos depoimentos se inicia justamente no momento em que se torna necessário interpretar o relato fornecido pelo entrevistado e sua importância para o social.

A amostra caracterizou-se pela igualdade entre os gêneros e por idades variadas entre 40 e 60 anos. Uma metade dos sujeitos era casada, e, a outra, solteira. A metade da amostra era portadora de Diabetes Mellitus e a maioria portadora de Hipertensão Arterial. Todos os sujeitos eram ex- tabagistas e nenhum deles apresentava história pregressa de IAM (Infarto Agudo do Miocárdio). Os sujeitos não encontravam-se em pós operatório recente, e sim tardio - já em atividades instrumentais de vida. relataram a experiência do pós operatorio cono um todo.

Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa sob no de protocolo 484/11, foram definidos pelo médico responsável pelo consultório, os sujeitos da amostra para o agendamento das entrevistas.

Estes aceitaram participar da pesquisa, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para pesquisas que envolvem seres humanos, conforme preceitua a Resolução CNS-466/12.

Procedeu-se à análise temática, que consiste em “descobrir os núcleos de sentidos que compõem uma comunicação, cuja presença ou ausência signifiquem alguma coisa para o objeto analítico visado” (8).

Resultados

A amostra caracterizou-se pela igualdade entre os gêneros e por idades variadas entre 40 e 68 anos. Duas participantes eram casadas, um sujeito tinha Diabetes Mellitus e a maioria, três sujeitos, tinha Hipertensão Arterial. Todos eram ex-tabagistas e nenhum deles apresentava história pregressa de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

Sentimentos vivenciados pelos pacientes quando souberam que seriam submetidos à cirurgia

Nesta categoria foram agrupadas as narrativas que, direta ou indiretamente, expressaram os sentimentos vivenciados pelos sujeitos quando ficaram cientes da necessidade de cirurgia:

[...] Então, a minha preocupação era o pós-cirúrgico, tinha que fazer correto, quantas fisioterapias eu ia ter que fazer [...]. (PR1).

[...] E eu fiquei lá torcendo para que não precisasse da cirurgia, não é? [...]. (PC2).

Verificou-se que os participantes da pesquisa apresentaram medo, ansiedade e apreensão como sentimentos vivenciados, relacionados diretamente com o ato cirúrgico propriamente dito e com o período pós-operatório, independente da técnica cirúrgica.

No período pré-operatório são identificadas nos pacientes, preocupações distintas em relação à cirurgia, tanto no aspecto pessoal, quanto no familiar, gerando medo, ansiedade e insegurança (9).

Tempo de internação hospitalar e de permanência na Unidade de Terapia Intensiva

Nesta categoria agruparam-se as narrativas que, direta ou indiretamente, descreveram o tempo de internação e de permanência na Unidade de Terapia Intensiva.

[...] Fiz a cirurgia, na segunda-feira, eu fiquei na UTI até quarta de manhã. Operei na segunda e sábado saí do hospital [...]. (PR1).

[...] Fiquei na UTI uns dias, uns três dias só. Operei e fiquei três dias. Fui operada dia treze, dia vinte e dois já vim embora, acho que foi uns sete dias no quarto [...]. (PC2).

Percebe-se que o tempo de internação do paciente submetido à cirurgia cardíaca pelo método robótico foi menor quando comparado ao tempo gasto pelo método convencional, sendo que os critérios de alta foram os mesmos para os dois grupos, ou seja, restabelecimento das condições gerais e cardiorrespiratórias.

“A operação de revascularização do miocárdio por minitoracotomia é procedimento de baixa morbidade e mortalidade e, pela curta permanência hospitalar e menor utilização de equipamentos, reverte em menor custo hospitalar” (10).

Dificuldades vivenciadas no pós-operatório

Organizaram-se nesta categoria as narrativas que, direta ou indiretamente, apontaram as dificuldades e os problemas encontrados no pós-operatório.

[...] Não sinto dores, sinto assim, muito quando eu faço um pouco de esforço, sinto dor no peito ainda, mas o único problema que eu tenho é a perna que não desincha. É o único problema que tenho. E o cansaço, muito cansaço [...]. (PC2).

[...] A minha única dificuldade, a única coisa, a maior dificuldade mesmo que eu tive foi na cicatrização, em função da diabete. Demorou um pouco mais do que o normal [...]. (PR3).

Os entrevistados submetidos à cirurgia cardíaca robótica apontaram dificuldades relativas à incisão cirúrgica, tanto no que diz respeito à mobilidade, quanto à cicatrização, mesmo sendo a incisão de tamanho bem inferior ao da cirurgia cardíaca convencional.

Já os entrevistados da cirurgia convencional mencionaram como dificuldades, a fadiga, a dor torácica (incisional) e dorsal e a mobilidade prejudicada pela limitação de movimentos, como mostra o depoimento a seguir.

[...] sinto dor no peito ainda [...] só sentia dor nas costas, porque tem que ficar deitada com a barriga para cima [...]. (PC2).

A dor na região incisional torácica é causada pela secção dos nervos intercostais e pela irritação da pleura, devido à presença de drenos torácicos, porém, tende a diminuir gradativamente no transcurso dos dois meses de recuperação (11).

A limitação física é apontada como prejudicial ao cotidiano dos pacientes, impossibilitando-os de manter seus hábitos e realizar suas AVD. Essa limitação causa, entre outras coisas, o isolamento social do paciente, que é um dos principais fatores de mudança no estilo de vida (12).

Capacidade funcional e retorno às atividades de vida diária

Nesta categoria foram agrupadas as narrativas que, direta ou indiretamente, descrevem a capacidade funcional e o retorno às AVD.

[...] a minha vida praticamente, eu acredito que em menos de um mês, acho que em vinte dias, eu estava na minha rotina normal. Tomei banho sozinha desde o primeiro dia, só me deram banho na UTI [...]. (PR1).

[...] Quando eu voltei do hospital, minha filha me ajudava a me trocar. Precisei de ajuda por uns 15 dias [...]. (PC2).

Por meio dos relatos, foi possível perceber que a cirurgia minimamente invasiva com sistema robótico, promove a independência funcional e o retorno às atividades diárias mais precocemente do que a cirurgia convencional, oportunizando aos pacientes a execução de atividades rotineiras como movimentar-se, banhar-se, vestir-se, entre outras. Em contrapartida, essas atividades mostraram-se afetadas nos pacientes submetidos à cirurgia cardíaca convencional, exigindo auxílio direto, por mais de quinze dias. A necessidade de auxílio para a realização de atividades do cotidiano é um problema, especialmente no sentido de assumir as limitações que o pós-operatório impõe.

Quanto ao retorno às atividades instrumentais de vida diária, organizaram-se nesta categoria as narrativas que, direta ou indiretamente, descrevem o retorno às AIVD.

[...] Eu estava na minha rotina normal. Na quarta, eu já fui fazer uma caminhada na praia de 1km, 1km e meio [...]. Três dias depois que eu estava na minha casa, uma coisinha ou outra eu já fazia [...] Tudo dava para fazer sozinha [...]. Comecei a andar de moto, com um mês e meio [...]. (PR1).
[...] Eu com um mês já comecei a fazer as coisas em casa, aos pouquinhos. Eu não ia sozinha na padaria, mercado, sempre tinha alguém comigo. Isso mudou minha vida [...]. (PC2).

Percebe-se que os sujeitos submetidos à cirurgia cardíaca com método robótico, retornaram à capacidade funcional plena muito antes do que os que foram submetidos à cirurgia cardíaca convencional, em média sete dias após o evento cirúrgico, enquanto que os da cirurgia convencional apresentaram limitações nas AIVD por mais de trinta dias após a intervenção cirúrgica. Portanto, verifica-se o impacto favorável da cirurgia minimamente invasiva.
Tanto os pacientes submetidos à cirurgia cardíaca convencional, quanto os submetidos à cirurgia robótica, podem se beneficiar do programa de reabilitação cardíaca que, além de acompanhar os exercícios físicos, informar sobre os cuidados pós-operatórios, fármacos em uso, entre outras medidas terapêuticas, também abrange mudanças comportamentais, hábitos de vida e ações não farmacológicas, como, por exemplo, a cessação do tabagismo e a reeducação alimentar, assegurando melhores condições físicas, psicológicas e sociais.

Discussão

Verificou-se que os sentimentos de medo e apreensão foram os mais vivenciados pelos entrevistados na fase pré-operatória, independente do tipo de técnica cirúrgica. Esses sentimentos relacionam-se com a ameaça de morte e de separação da família.

Quanto ao tempo de internação e permanência na UTI, verificou-se que os cardiopatas operados pelo método robótico se beneficiaram da curta permanência na UTI e da alta precoce, já que os pacientes que se submeteram ao método robótico permaneceram, em média, dois dias na UTI e quatro dias internados, e os do método convencional permaneceram de dois a três dias na UTI, chegando até nove dias de internação pós-cirúrgica.

As dificuldades apontadas pela totalidade dos participantes são secundárias à dor pós-operatória, seja ela torácica ou dorsal. Entretanto, o grupo submetido à cirurgia cardíaca convencional destacou a fadiga, a dificuldade com a mobilidade e a limitação de movimentos, que incidem na interrupção do sono. Essa supressão parcial do sono resulta em maior desgaste físico e diminuição da motivação.

No que se refere à capacidade funcional e retorno às AVD, os pacientes submetidos à cirurgia robótica, mais uma vez, obtiveram ganhos em relação ao outro grupo pesquisado, pois foram capazes de realizar suas atividades diárias como banhar-se, vestir-se, alimentar-se e deambular, no período pós-operatório imediato. O outro grupo necessitou de auxílio por mais de quinze dias para realizar as mesmas tarefas.

Essa dependência dos outros gera conflitos, sensação de perda, sentimentos de desvalorização e insatisfação pessoal. A perda da autonomia, pela impossibilidade de realizar atividades que antes eram executadas com facilidade, acarreta sofrimento e contribui para o adoecimento psíquico dos indivíduos.

No retorno às AIVD, ou seja, no pós-operatório tardio, a cirurgia minimamente invasiva com o método robótico destacou-se novamente. Os pacientes operados por esse método voltaram à sua rotina normal em média sete dias após a intervenção cirúrgica, tempo necessário para o início de atividades como dirigir, passear, trabalhar, entre outras, e os pacientes operados pelo método convencional demoraram trinta dias ou mais para retornar ao cotidiano, incluindo as atividades laborais.

Apesar dos dados terem sido coletados junto à quatro pessoas, conclui-se que a técnica cirúrgica robótica de Revascularização do Miocárdio, quando comparada à técnica convencional, influencia positivamente na recuperação cardíaca no que tange às AVD e AIVD.

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