A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE HOSPITALAR NO CONFORTO DE PUÉRPERAS DURANTE A AMAMENTAÇÃO

Sección: Originales

Cómo citar este artículo

Pereira Siqueira Cunha B, Aparecida Silva I, Tochika Shimoda G, Mizumoto Aragaki IM. A influência do ambiente hospitalar no conforto de puérperas durante a amamentação. Rev. iberoam. Educ. investi. Enferm. 2020; 10(3):16-25.

Autores

1 Bianca Pereira Siqueira Cunha, 2 Isília Aparecida Silva, 3 Gilceria Tochika Shimoda, 4 Ilva Marico Mizumoto Aragaki

1 Enfermeira Obstetra. Campinas, São Paulo. Brasil.
2 Professora titular sênior do departamento de enfermagem materno infantil de psiquiátrica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EE-USP). Brasil.
3 Enfermeira Obstetra no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP). Brasil.
4 Chefe de seção do Alojamento Conjunto do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP). Brasil.

Contacto:

Email: bianca.ps@hotmail.com

Titulo:

A INFLUÊNCIA DO AMBIENTE HOSPITALAR NO CONFORTO DE PUÉRPERAS DURANTE A AMAMENTAÇÃO

Resumen

Introducción: la continuidad de la lactancia materna está relacionada con el agotamiento físico y las condiciones de incomodidad materna, inherentes al proceso, además de las influencias del hospital o el entorno del hogar. La comodidad es compleja ya que implica una experiencia multidimensional y personal, con diferentes grados de intensidad, considerada como una experiencia inmediata, reforzada por la satisfacción de las necesidades humanas básicas, resultado del cuidado de enfermería.
Objetivo: conocer la percepción de las madres lactantes con respecto a la influencia del entorno hospitalario en la promoción de su comodidad, durante la lactancia, mientras están hospitalizadas en la sala de maternidad.
Método: se utilizó un estudio cualitativo, la teoría del cuidado de Kolcaba, que describe tres tipos de confort, observados en cuatro dimensiones, y los principios del discurso colectivo del sujeto para organizar los datos.
Resultados y discusión: se entrevistó a 18 mujeres puerperales entre 19 y 42 años, se elaboraron 12 discursos que explicaron las percepciones sobre el cuidado y la asistencia brindada por los profesionales, las estructuras físicas y ambientales de la institución, lo que les proporcionó comodidad o incomodidad.
Conclusión: los resultados muestran que existen condiciones ambientales que favorecen la comodidad; sin embargo, los aspectos estructurales y humanos pueden y deben mejorarse.

Palabras clave:

lactancia materna ; periodo postparto ; comodidad del paciente ; unidades hospitalarias ; congreso ; Torsades de Pointes ; enfermería de urgencia ; pandemias ; cartel ; Creencias actitudinales ; formatos de publicación ; CCCS-18 ; congreso ; haloperidol ; hospitalización

Title:

Impact of hospital environment on mother's comfort while breastfeeding

Abstract:

Introduction: persistence in breastfeeding is related to maternal physical exhaustion and discomfort conditions inherent to the process, in addition to influences from the hospital or home environment. Comfort is complex since it involves a multidimensional and personal experience, with different degrees of intensity. It is considered to be an immediate experience, strengthened by the satisfaction of basic human needs, resulting from nursing care.
Purpose: to ascertain nursing mothers' perceptions about the impact of the hospital environment in promoting their comfort, during breastfeeding, while in the hospital's maternity ward.
Methods: we used a qualitative study, based on Kolcaba's theory of care, which describes three types of comfort, observed in four dimensions, as well as the principles of the subject's collective discourse to organize the data.
Results and discussion: eighteen postpartum women between the ages of 19 and 42 were interviewed, and 12 discourses were prepared that explained the perceptions on the care and assistance provided by the healthcare professionals and the physical and environmental structures of the institution, which made them feel comfortable or uncomfortable.
Conclusion: results show that certain environmental conditions promote comfort; however, structural and human aspects can and should be improved.

Keywords:

publication formats; complex chronic patient; haloperidol; structural and human aspects can and should be improved; CCCS-18; consumption of alcoholic beverages; Torsades de Pointes; poster; publication formats; prevalence: descriptive cross-sectional study; results show that certain environmental conditions promote comfort; pandemics; conference; Healthcare crisis; however; structural and human aspects can and should be improved; adaptation psychological; chlorhexidine; health outcomes; however; Attitudinal beliefs

Portugues

Título:

Influencia del ambiente hospitalario en el confort de las madres durante la lactancia

Resumo:

Introdução: a continuidade da amamentação está relacionada ao desgaste físico e condições de desconforto materno, inerentes ao processo, além das influências do ambiente hospitalar ou de sua residência. O Conforto é complexo, pois envolve uma experiência multidimensional e pessoal, com diferentes graus de intensidade, contemplado como uma experiência imediata, reforçada pela satisfação das necessidades humanas básicas, resultado dos cuidados de enfermagem.
Objetivo: conhecer a percepção de nutrizes quanto à influência do ambiente hospitalar na promoção de seu conforto, durante a amamentação, enquanto internada na maternidade.
Método: estudo de abordagem qualitativa, utilizou-se a Teoria do Cuidado de Kolcaba, que descreve três tipos de conforto, observados em quatro dimensões e, os princípios do Discurso do Sujeito Coletivo para organização dos dados.
Resultados e discussão: foram entrevistadas 18 puérperas entre 19 e 42 anos, elaborados 12 discursos que explicitaram as percepções acerca do cuidado e assistência prestados pelos profissionais, das estruturas físicas e ambientais da instituição, que lhes proporcionaram conforto ou desconforto.
Conclusão: os resultados mostram que há condições ambientais que favorecem o conforto, porém, aspectos estruturais e humanos podem e devem ser aprimorados.

Palavras-chave:

aleitamento materno; período pós-parto; clorexidina; enfermagem em emergência; congreso; estudantes; congreso; enfermagem em emergência; infecções urinárias; conforto do paciente; enfermeiras e enfermeiros; violência; cuidados críticos; unidades hospitalares; pôster; consumo de bebidas alcoólicas; clorexidina; hospitalização; formatos de publicação; adulto jovem

Introdução

O ato de amamentar uma criança vai além de nutrir, pois é uma prática capaz de desenvolver a interação entre a mãe e o bebê, além de propiciar ao recém nascido, RN, um sistema imunológico com habilidade para combater infecções (1). O processo de amamentação é visto como capaz de propiciar vínculo familiar, reduzir as estatísticas de internação materna e infantil e, até mesmo, os índices de infecção hospitalar para ambos (2).
Porém, o cansaço por privação de sono e dedicação integral à criança, são elementos que afetam a qualidade de vida de nutrizes e que podem afetar a decisão de continuidade do processo de aleitamento materno no período pós parto (3). No entanto, na fase puerperal, ainda em ambiente hospitalar, a rotina dos serviços podem não favorecer condições de conforto adequado à nutriz.
O cuidado e o conforto estão intimamente ligados entre si, sendo indispensáveis para a mulher. O ambiente favorável é condição essencial para propiciar a sensação de aconchego, proteção e bem-estar, assim como a promoção da força, empoderamento e capacidade de mobilização dos mecanismos de enfrentamento, melhoria da qualidade de vida e adaptação à condição que se está vivenciando (4).
O objetivo desse estudo foi conhecer a percepção das nutrizes quanto à influência do ambiente hospitalar na promoção de seu conforto, durante a amamentação, enquanto internada na maternidade.

Metodologia

Trata-se de uma pesquisa qualitativa para a qual, adotou-se a teoria de Kolcaba5, que considera a estrutura do conforto envolve uma experiência multidimensional e pessoal, com diferentes graus de intensidade. Ainda, o conforto é contemplado como uma experiência imediata, reforçada pela satisfação das necessidades humanas básicas, resultado dos cuidados de enfermagem (5).
O conforto é descrito em três níveis: Alivio- estado, quando o paciente tem satisfeita uma necessidade específica; consiste na eliminação do desconforto. Bem-estar – estado de calma ou satisfação; consiste em satisfazer necessidades específicas, que causam desconforto ou interferem com o conforto. Transcendência – compreende o mais elevado estado de conforto, resulta na satisfação de necessidades de educação e motivação (6).
Para Kolcaba et al. (6), a experiência do paciente pode ocorrer em quatro contextos. Físico: referente as sensações do corpo; ambiental: inclui o ambiente, as condições e influências externas, envolve a experiência humana relacionada a temperatura, a luz, ao som, ao odor, a cor, ao mobiliário entre outros; pode ser definido como ambiente limpo, seguro e conveniente aquele que apresenta ruído controlado, estrutura física agradável e espaço suficiente; sociocultural, inclui as relações interpessoais, aspectos financeiros e informações da vida social; psicoespiritual: refere-se a consciência de si próprio, incluindo autoestima, autoconceito, sexualidade, o sentido da vida e a relação com um ser supremo.
Cada contexto é fundamental para o conforto completo da pessoa, assim os Enfermeiros devem estar aptos a tratar de cada aspecto de forma individual, adaptando-se às necessidades do paciente (7).
Adotou-se também, para a organização, estruturação e análise dos dados os princípios do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) (8).
A pesquisa foi realizada no setor de Alojamento Conjunto, AC, de um Hospital Universitário. O AC está dividido em enfermarias, que comportam três leitos em cada quarto, poltronas para o acompanhante e móvel para o recém-nascido, e apartamentos, uma acomodação individual, com poltrona para o acompanhante e berço móvel.
Participaram do estudo, puérperas, maiores de 18 anos, internadas no AC, independente da paridade, número de gestações ou tipo de parto, encaminhadas diretamente do Centro Obstétrico, juntamente com seu filho RN de termo e que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter permanecido em amamentação exclusiva do filho no AC, durante todo o período de internação; estar com pelo menos sessenta horas de pós-parto e com alta prevista, no momento da entrevista. Foram excluídas do estudo, mulheres com alguma intercorrência no processo de parto e pós-parto, capaz de desestabilizar seu estado de saúde ou seu conforto durante a amamentação no puerpério.
As puérperas aptas foram identificadas por meio do prontuário e abordadas pela pesquisadora com as devidas explicações sobre a pesquisa. Mediante seu interesse e consentimento em participar, os dados eram colhidos por meio de um formulário, cuja primeira parte relacionava-se a dados pessoais da puérpera e do RN, levantados no prontuário, mas podendo ser confirmados ou complementados com a mulher, quando não constavam em seu prontuário. A outra parte constituia-se de um roteiro de entrevista semiestruturada, com quatro perguntas abertas referentes à sua percepção, quanto à influência do ambiente hospitalar em seu conforto, no processo de amamentação. As entrevistas foram gravadas, transcritas na íntegra, e delas, extraídas as Ideias Centrais e Expressões Chave para a elaboração dos DSC.
A coleta de dados foi realizada em uma sala com privacidade garantida, no próprio Alojamento Conjunto, no dia da alta hospitalar.
A coleta de dados e estruturação dos DSC foram feitas de forma concomitante, até a saturação dos dados, que determinou a conclusão dessa fase do estudo.
Esta pesquisa seguiu os preceitos éticos de pesquisas envolvendo seres humanos, estabelecidos pela Resolução 466/12, do Conselho Nacional de Saúde9. A coleta de dados teve início após aprovação dos comitês de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo e do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) e após a devida assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados e discussão

Foram entrevistadas 18 puérperas, 11 encontram-se entre 19 e 29 anos e sete, entre 30 a 42 anos; nove concluíram o ensino médio, três concluíram o ensino superior, três possuem ensino fundamental incompleto, uma concluiu o ensino fundamental, uma não concluiu o ensino médio e uma tem curso superior incompleto. Nove puérperas são casadas, sete encontram-se em união consensual e duas são solteiras.
O número de bebês do sexo feminino e masculino teve distribuição igual. Nove tiveram nota Apgar oito no primeiro minuto, seis tiveram nota nove, dois nota dez e um nota dois. O peso ao nascer foi classificado em: baixo peso (menos de 2.500 g)- um bebê; peso insuficiente (2.500 g a 2.999 g) – cinco bebês; peso adequado (3.000 g a 3.999 g) - três bebês (10).
Foram elaborados nove Discursos do Sujeito Coletivo (DSC) a partir da fala das mulheres que retratam a percepção de conforto e a relação com a amamentação:

DSC 1- TENDO AJUDA E ORIENTAÇÃO: UM GRANDE PASSO PARA AMAMENTAR
“O conforto é quanto aos profissionais que nos acompanham, as enfermeiras vão lá e ajudam. Eu estava com muita dificuldade para amamentar, no início, por conta do bico do peito ser pequeno e plano, mas a enfermeira me ajudou muito [...] Se não fosse essa ajuda, eu estaria até agora me matando, tentando, e não ia conseguir [...] Quando a equipe se preocupa em ajudar já é um grande passo.”
O DSC 1 refere-se a sensação de conforto percebida pelas mulheres, que ressalta a importância de receber orientações quanto ao cuidado de si e aos cuidados gerais da criança. A assistência prestada pela equipe é percebida como preocupação com o bem-estar das puérperas e bebês, e suas intervenções, são eficazes na prevenção e resolução de intercorrências que podem prejudicar o processo de amamentar.
Este resultado confirma o conceito de que a mulher que recebe apoio e orientação no ambiente hospitalar em que está inserida, é capaz de reformular sua percepção sobre o hospital, que passa a ser visto como local onde se recebe ajuda, acolhimento, educação e esclarecimentos referentes ao seu processo de saúde (11).
Segundo Kolcaba (5), o apoio encaixa-se no contexto sociocultural da experiência do paciente em relação ao conforto, o qual é pertencente às relações interpessoais. É descrito ainda na forma de bem-estar, onde as necessidades que causam desconforto foram satisfeitas, proporcionando um estado de contentamento.

DSC 2- SENTINDO FALTA DE ORIENTAÇÃO E ACOLHIMENTO
“Achei que faltou um pouquinho de instrução da parte da equipe de enfermagem. Às vezes a mãe fica insegura, não sabe se o filho está amamentando bem... Se não está com fome, não entende (a mãe) que são dias de adaptação e aprendizagem, ainda mais no começo, nós ficamos inseguras e o bebê fica irritado e tudo complica [...] Acredito que se tivéssemos mais informações, seria mais confortável amamentar.”
Quando há lacunas sentidas pela puérpera no suporte assistencial, elas reforçam a importância e necessidade da orientação e o apoio dos profissionais, principalmente nos primeiros dias quando surgem as maiores dúvidas e dificuldades, período esse em que se encontram nas unidades hospitalares, rodeadas de profissionais capacitados para oferecer esse serviço.
As informações sobre amamentação devem acontecer desde o pré-natal até o nascimento, puerpério e consultas subsequentes. As dúvidas devem ser sanadas sempre que surgirem e o binômio precisa ser acolhido em todos os momentos. A equipe de saúde tem o papel de escutar, esclarecer e avaliar a singularidade de cada caso (12).
Constata-se, nesse estudo que a orientação, atenção e acolhimento dos profissionais proporcionam conforto, que vai além da transferência de conhecimento, trazem tranquilidade, segurança e percepção de que estão sendo tratadas com atenção. Kolcaba6 conceitua esse estado, como transcendência, sendo a mais elevada percepção de conforto, onde estão satisfeitas as necessidades de motivação e educação, preparando a pessoa para desenvolver seus potenciais.

DSC 3- O MOBILIÁRIO ADEQUADO COMO UM ESTÍMULO PARA AMAMENTAÇÃO CONFORTÁVEL
“A estrutura física influencia sim, porque a cama, cadeira, tudo isso faz parte de um conjunto [...] A experiência que eu vivi, nesses três dias, foi muito boa, a cadeira é muito boa, você apoia as costas, os pés, os braços; a cama é ótima pela facilidade de você apertar um botão e ela levantar ou abaixar sem ter que pedir ajuda.”
Quanto a estrutura física, as mulheres expressam que, estar fora de casa, em um lugar desconhecido, influencia na percepção do conforto. Conforto esse que pode ser melhorado com a disponibilização da tecnologia e automaticidade, percebidos como elementos que facilitam a prática da amamentação e representam segurança no processo de desenvolvimento da autonomia das pacientes, que conseguem movimentar-se e buscar melhores posições para se sentir confortável.
Compreende-se que uma pessoa sente-se confortável em um ambiente, quando o mesmo proporciona bem-estar e neutralidade em relação a ele, ou seja, não lhe infere sensações desconfortáveis, sejam elas de caráter físico ou psicológico, além de ainda ser capaz de acompanhar os avanços da tecnologia (13).
A estrutura física hospitalar adequada e uso de equipamentos adequados, aliados à humanização do ambiente e do atendimento, colaboram com o processo terapêutico das pacientes, proporcionando-lhes conforto, durante o processo de amamentação e durante a internação.

3.6 DSC 4- SENTINDO DESCONFORTO PELA INADEQUAÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA
“Dependendo do parto, a gente não consegue amamentar, totalmente, sentada na cadeira que tem aqui, pois possui o assento duro, (a mulher) acaba amamentando na cama. O que também poderia melhorar aqui no hospital é quanto à temperatura da água do chuveiro, que acaba sendo gelada a maior parte do tempo [...] Quanto ao espaço acho que também influencia, desde puérperas a acompanhantes ou visitantes, se tem excesso de mobiliário, isso atrapalha para andar, pois o quarto não é muito grande. Também se tivesse um abajur que acendesse, sem atrapalhar a companheira do quarto. Na parte do banheiro, podia ser separado onde se toma banho e onde usamos para nossas necessidades, porque acontece de uma pessoa estar tomando banho e a colega do quarto precisar usar o banheiro. A janela muito perto da cama também deixou a desejar, pois entra muito frio, mesmo com o aquecedor isso não resolveu; Os acompanhantes nem sempre conseguiam um cobertor, isso foi bem complicado.”
As puérperas trazem diversas sugestões de melhoria para o conforto físico no hospital, haja vista, as restrições que o local oferece.
Os ruídos interferem diretamente na saúde e recuperação de pacientes, sendo responsabilidade dos profissionais tentarem diminuir esse fator desencadeador de desconforto (14). Assim, é importante a criação de espaços reservados onde o paciente possa se refugiar em busca de conforto, tranquilidade e relaxamenton (14).
Algumas puérperas avaliam que a iluminação do ambiente não é adequada, por não haver pontos de iluminação individual. Sentem-se preocupadas em incomodar as outras pacientes e seus bebês, causando desconforto para elas e para as outras, durante a realização das atividades.
A temperatura ambiente baixa, também é elemento de desconforto, agravada pela posição das camas, muito próximas as janelas, e a falta de aquecedores eficazes para climatizar o ambiente. Além de seu próprio conforto, há a percepção de falha na oferta de condições de proporcionar conforto aos acompanhantes. É importante salientar que a coleta de dados foi feita no inverno, onde a temperatura da cidade é baixa.
Horevicz e De Cunto (15) relatam que mesmo com a necessidade de adaptação da estrutura hospitalar a realidade tecnológica ou humana atual, os pacientes demandam de condições específicas de cuidados e de qualidade do ambiente, que deve proporcionar bem-estar.
O conforto do acompanhante nesse período de internação é extremamente importante. Estudos afirmam que o acompanhante é um dos responsáveis pela maior parte do apoio emocional que as mulheres recebem, desde o processo de parturição, até a vivência do puerpério.
Kolcaba16 ressalta que o ambiente que envolve o paciente e sua família é de governabilidade da equipe multiprofissional, que deve atuar de maneira a proporcionar conforto ou aliviar desconfortos que podem surgir.
    
3.7 DSC 5- O AMBIENTE HOSPITALAR MUITO ALÉM DA ESTRUTURA
“O ambiente influencia muito, precisamos de um lugar calmo, iluminado, que nos ajude... No escuro é difícil amamentar. Percebi que, mesmo estando no inverno em um hospital, que normalmente é frio, eles colocam um aquecedor em cada quarto e percebemos que existe uma preocupação com a gente né [...] aqui foi tranquilo assim, caso contrário, seria um período desconfortável.”
Na visão das puérperas, o ambiente hospitalar vai além da estrutura física, é aquele que proporciona conforto subjetivamente quando é calmo, iluminado, aquecido e o profissional, paciente, acompanhante e até os visitantes se preocupam uns com os outros, tentando suprir as necessidades que surgem.
Percebe-se no DSC5 que, o ambiente do AC é composto na perspectiva das mulheres pela sensação de tranquilidade, de silêncio, iluminação e climatização necessários para que se sintam confortáveis, como se estivessem em suas casas.
Medeiros (14) nos diz que o ambiente hospitalar é aquele com maior necessidade de propor conforto aos seus usuários, pois está relacionado à satisfação das necessidades dos pacientes, que se sentem tranquilos e confiantes, alcançando rapidamente uma recuperação de qualidade.
Essa informação vai ao encontro aos princípios de Kolcaba (16) que ressaltam a importância do ambiente na proporção e estabelecimento de conforto das puérperas, que mesmo fora de seu contexto diário, procuram adaptar-se às situações, adquirem novos conhecimentos e alcançam a transcendência.

DSC 6 - UM ESPAÇO QUE PROMOVE A PRIVACIDADE
“Aqui no apartamento, o ambiente é ótimo, superconfortável. Não preciso me preocupar se o recém-nascido do lado está chorando e vai acordar o meu bebê, ou se o meu bebê está chorando e vai acordar o outro, isso pra mim é tudo. Por ser um local onde eu fico sozinha com o meu bebê eu tenho a liberdade de ficar do jeito que eu quero, e isso me proporciona conforto o suficiente para amamentá-lo do jeito que ele precisar, não preciso ficar com vergonha, preocupada se tem alguém me olhando ou se estou fazendo certo ou errado, é o meu momento com ela. Meu marido ficou como acompanhante e me ajudou demais; ele tinha uma poltrona confortável e alimentação disponível no hospital, durante esses dias em que precisamos da ajuda dele, isso é importante.”
A disponibilidade de um ambiente privado foi um elemento importante na visão das mulheres, como qualificador de conforto. A acomodação “apartamento”, proporcionou um ambiente privativo, confortável, eliminando a necessidade de preocupar-se em incomodar colegas de quarto ou ser incomodada por elas. Sentiam-se livres para amamentar, sem medo da exposição do corpo. Para elas, a presença constante do acompanhante foi um facilitador no processo de aleitamento materno.
A evidência científica nos mostra que estar internado em um quarto com acomodação única, traz inúmeros benefícios ao paciente e ao hospital, que apresenta menores números de erros de medicação, infecção hospitalar e, consequentemente, recuperação mais rápida (14).
Os benefícios citados na literatura corroboram com a sensação de conforto referida pelas pacientes, que desempenham papel fundamental em seu bem-estar, durante a internação e apoio emocional para amamentação.
A presença do acompanhante em tempo integral faz com que a mulher se sinta apoiada, emocionalmente, para vivenciar o seu puerpério, além de confortáveis e encorajadas para superar as intercorrências que podem aparecer (17).

DSC 7- ESPAÇO DE COMPARTILHAMENTO E FALTA DE PRIVACIDADE
“É um tanto quanto desconfortável ter a cama de frente com outra pessoa, a mãe da paciente tudo bem, mas quando é o pai do bebê é desconfortável [..] é desconfortável amamentar na frente de outros homens, meu marido fica enciumado, tenho a sensação de que as outras pacientes ficariam com ciúmes também por amamentar na frente do marido delas [...] Deveria ser estipulado que o acompanhante seja alguma mulher. Assim como eu me sinto incomodada, eu creio que a outra também se sente incomodada, pois você sai da sua rotina, do que é normal pra você e agora está com outras pessoas, vivenciando sua nudez, sua dor, aquele momento íntimo. Talvez eu tenha me sentido um pouco exposta.”
Por outro lado, reiterando o aspecto levantado no discurso anterior, o DSC7 retrata a experiência das puérperas que não dispuseram da mesma oportunidade de privacidade. Na enfermaria, se sentem desconfortáveis em amamentar ou conviver com pessoas desconhecidas ao redor, fator piorado quando o desconhecido apresenta-se na figura masculina.
Segundo a lei 11.108 de 10 de abril de 2005, a mulher tem o direito de escolher um acompanhante para estar ao seu lado, durante o trabalho de parto, parto e puerpério, no âmbito do SUS17. Sabemos, portanto, que apesar da importância da participação do pai ou companheiro da mulher nesse momento, a presença de outras pessoas, compartilhando o mesmo ambiente, faz com que as mulheres sintam-se desconfortáveis e expostas diante do desconhecido, fato que deve ser melhor avaliado, de acordo com a singularidade de cada mulher (18).
A paciente pode vivenciar situações em que sente sua dignidade violada, devido à exposição recorrente, seja por parte dos profissionais ou ainda consequente ao processo de internação (19). O profissional envolvido precisa entender que preservar a privacidade das pacientes e respeitar a autonomia, ameniza a sensação de invasão, mesmo diante a nudez.     
A literatura atual corrobora o DSC exposto, reafirmando a liberdade das mulheres, diante de outras mulheres, e o medo ou insegurança diante novas situações e/ou pessoas estranhas. Kolcaba (6) reforça a ideia quando descreve que os enfermeiros identificam e eliminam a fonte de desconforto, assim, pode surgir a ação de confortar sem que antes seja sentido o desconforto.

DSC 8- CONTEXTO DE MOTIVAÇÃO E INCENTIVO – ATORES EM INTERAÇÃO
“O ambiente influencia muito, principalmente as pessoas, porque quando chega uma técnica de enfermagem ou um médico e pergunta se está tudo bem, como está as mamas, se já tem colostro, pede para ver a pega...Tudo isso é um incentivo à amamentação e aumenta muito a sensação de conforto [...] me senti acolhida. Apesar de ter experiência, fazem muitos anos e é como se fosse a primeira vez. Também, ver a outra mãe amamentando é tão bonito, dá vontade de amamentar também [...] Eu consegui, elas falavam: Não, não desiste, vai dar certo."
Além do ambiente físico e estrutural, as puérperas relatam que a atitude dos profissionais em se preocuparem com o sucesso do aleitamento materno as motivam e incentivam quanto à prática da amamentação eficaz, deixando-as confortáveis e acolhidas pelo ambiente em que estão, inseridas, impactando positivamente em sua motivação para amamentar.
O estímulo e apoio que a mulher recebe da família, amigos e profissionais de saúde para a amamentação confere ponto importante de decisão da manutenção da prática, provocando alto nível de motivação, tornando-a capaz de enfrentar as intercorrências e dificuldades do processo (20).
Assim, o apoio à nutriz é fundamental para a manutenção da prática que tantas vezes se apresenta como tarefa árdua e dolorosa até a sua adaptação. A equipe multiprofissional, os familiares e amigos devem conscientizar-se do protagonismo do binômio, nesse processo, respeitando a singularidade e cultura dos envolvidos, promovendo uma dimensão transcendental de conforto.

DSC 9 – DESCONFORTO FÍSICO RELACIONADO AO PROCESSO DE AMAMENTAÇÃO E TIPO DE PARTO
“Meu peito está machucado, acredito que por um deslize meu, o cansaço, acabei relaxando o braço e não posicionando o bebê direito, no segundo dia eu estava acabada, mas essa noite eu dormi melhor e senti que a mamada e o posicionamento foram melhores também, como estava amamentando deitada, o bebê pega errado no peito, eu sabia que precisava inclinar um pouco a cama, mas quanto mais alto, mais incomodava. [...] Além disso, as dores do parto normal também causaram desconforto, o períneo estava inchado, doendo bastante, não conseguia nem sentar direito no começo. Nos primeiros dois dias, tive que tomar remédio várias vezes, isso atrapalhou bastante para amamentar, não arrumava posição.”
No DSC9, as mulheres também enfatizam, a dor física provocada por condições inerentes ao seu processo de amamentar ou de parturição, independente das condições ambientais nas quais estão inseridas. Um dos elementos centra-se na pega inadequada do recém-nascido, e o outro, nas condições causadas pelo tipo de parto ao qual foi submetida. Ambos são considerados fator desencadeante de desconforto físico, durante a amamentação.
Os profissionais de saúde possuem um papel importante para auxiliar as mães a alcançarem o sucesso da experiência de amamentação, sendo capazes de identificar e corrigir, preventivamente, os fatores que podem lesionar o mamilo materno, causar a dor e desmame precoce, promovendo conforto (21).
A lesão perineal provocada pela episiotomia, lacerações espontâneas, hematomas ou infecções interferem no processo de amamentação, pois não permite que a mulher se posicione adequadamente (22).
Já um estudo realizado por Benedett et al. (23), concluiu que mesmo havendo a percepção de dor e desconforto causado pela cesariana ou pelo parto normal, o tipo de parto não apresenta grande influência na manutenção da prática de aleitamento materno.
Kolcaba (5) descreve os contextos em que a experiência de conforto ou desconforto do paciente pode acontecer, no caso, o que está expresso no DSC 9 representa a categoria em que o desconforto se localiza fisicamente, influenciando o bem-estar das pacientes.

Considerações finais

Os conteúdos dos discursos mostraram que o apoio e acolhimento da equipe e da família são de grande importância na dimensão afetiva da puérpera que se sente segura e acolhida, porém, ainda há necessidade de se rever a maneira como essa prática é oferecida. Para elas, encontrar-se fora de casa, em um lugar muitas vezes desconhecido já influencia na percepção do conforto.
As mulheres do estudo sentiram-se estimuladas com o fato de ver outra mãe amamentando, enfrentando suas dificuldades bem como, dor física, provocada por condições inerentes ao seu processo de amamentar ou de parturição. Se por um lado, esta interação entre as mulheres foi vista como positiva para o estímulo ao enfrentamento das dificuldades de amamentar, a convivência nas enfermarias, com os acompanhantes das demais puérperas, foi um elemento significativo, marcado por constrangimentos e inibição.
O desconforto ambiental está retratado pelas condições de infraestrutura que podem provocar sensação de não governabilidade das mulheres, sobre alguns elementos como a temperatura ambiente, ruído causado pelo movimento e fluxo de pessoas nos aposentos, além de causas estruturais.
Apesar do objeto desse estudo ter centrado nas questões ambientais para a avaliação do conforto e sua interface com a amamentação, percebemos que as mulheres nos trouxeram sua experiência para além da dimensão ambiental de Kolcaba (16). De forma espontânea, apontaram elementos constituintes de outras dimensões, como física, sociocultural e transcendental. Assim, fica claro que o conforto não pode ser visto na única perspectiva de ambiente, mas na relação da completude do ser humano e, no caso, das puérperas em sua condição de amamentação.
Incluir a família nesse processo de adaptação pode aprofundar os benefícios para o binômio, estabelecer entendimento sobre a nova fase de suas vidas e criar forças para as dificuldades que vão surgir.
Como profissional de saúde, aumentam-se as responsabilidades no que se refere à avaliação e orientação durante o período puerperal, pois sabemos o quanto essa atitude influenciará na manutenção da prática do aleitamento materno e, consequentemente, na qualidade de vida da mãe e do bebê.

Financiamento

Não tem.

Conflito de interesses

Não tem.

Bibliografía

Referências
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