PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA EM PERIÓDICOS DE ENFERMAGEM DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Sección: Revisiones

Cómo citar este artículo

Do Carmo Cruz Robazzi ML, de Souza Terra F, Silveira-Monteiro CA, Barcellos Dalri RCM, Almeida da Silva L, Wanderley Santos de Almeida LM, et al. Publicação científica em periódicos de enfermagem durante a pandemia da Covid-19. Rev. iberoam. Educ. investi. Enferm. 2021; 11(4):44-67.

Autores

1 Maria Lucia do Carmo Cruz Robazzi, 2 Fabio de Souza Terra, 2 Cristiane Aparecida Silveira-Monteiro, 3 Rita de Cassia de Marchi Barcellos Dalri, 4 Luiz Almeida da Silva, 5 Lenira Maria Wanderley Santos de Almeida, 6 Fernanda Ludmila Rossi Rocha, 7 Antônia Leda Oliveira Silva, 8 Sergio Valverde Marques dos Santos, 9 Marcia Teles de Oliveira Gouveia, 10 Cassandra Alves de Oliveira Silva, 11 Leonézio Donizeti dos Santos

1 Professora Visitante da Universidade Federal da Paraíba; Professora Sênior. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo (EERP-USP). Enfermeira.
2 Doutores pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo (EERP/USP). Professores da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alfenas (EE/UNIFAL-MG). Enfermeiros.
3 Doutora pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo (EERP/USP). Professora do Programa de Mestrado Profissional em Inovação e Tecnologia da EERP-USP. Enfermeira.
4 Pós-Doutor pela Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Goiás (UFG). Professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) - Regional Catalão/GO. Enfermeiro.
5 Doutora pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Universidade de São Paulo (EERP/USP). Professora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (EENF/UFAL). Enfermeira.
6 Pós-Doutora no Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida ISPA/IU de Lisboa, Portugal. Professora Associada da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP-USP). Enfermeira.
7 Pós-Doutora pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE). Professora Titular. Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Enfermeira.
8 Doutor pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP). Professor. Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Enfermeiro.
9 Doutora pela Escola de E

Contacto:

Email: avrmlccr@eerp.usp.br

Titulo:

PUBLICAÇÃO CIENTÍFICA EM PERIÓDICOS DE ENFERMAGEM DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19

Resumen

Objetivo: analizar la producción científica brasileña de la enfermería en la pandemia Covid-19 de enero de 2020 a abril de 2021.
Método: se trata de un estudio de revisión de la literatura y para su elaboración se realizó una consulta, específicamente, en los sitios web de revistas de enfermería de algunas regiones brasileñas.
Resultados: la muestra estuvo conformada por 71 estudios clasificados por temas o ejes temáticos, siendo: 28 (39,4%) asignados en el Eje “Cuidar durante la Pandemia”; 22 artículos (31%) en el Eje "Salud de los trabajadores del área de salud/enfermería”; cuatro artículos (5,6%) en “Estrategias para hacer frente a la Covid-19” y 17 (23,9%) en “Otros temas generales relacionados con la pandemia”.
Consideraciones: se evidenció que la enfermería tuvo una importante producción científica en este periodo pandémico y resultó politizada, llevando a cabo análisis críticos de las situaciones estudiadas, con resultados relevantes y robustos.

Palabras clave:

enfermería ; Revisión ; infecciones por coronavirus ; Competencia profesional

Title:

Scientific publication in nursing journals during the Covid-19 pandemic

Abstract:

Objective: to analyse the Brazilian scientific publications on nursing during the Covid-19 pandemic, from January 2020 to April 2021.
Method: a literature review study, including a specific search in the nursing journal websites from some Brazilian regions.
Results: the sample consisted of 71 studies classified by themes or thematic areas: 28 (39.4%) articles were assigned to the “Care during the pandemic” area; 22 articles (31%) to the “Health of the workers within the health/nursing area”; four articles (5.6%) to the “Strategies to face COVID-19” area, and 17 to “Other general themes associated with the pandemic”
Conclusions: it was evident that nursing presented a major scientific production in the pandemic period and that it was politicized, with critical analyses of the situations studied and relevant and robust outcomes.

Keywords:

nursing; review; coronavirus infections; Professional competence

Portugues

Título:

Publicación científica en revistas de enfermería durante la pandemia de la covid-19

Resumo:

Objetivo: analisar a produção cientifica brasileira da enfermagem na pandemia da Covid-19 de janeiro de 2020 até abril de 2021.
Método: trata-se de um estudo de revisão da literatura e para a sua elaboração foi realizada uma consulta, especificamente, nos sites de periódicos de enfermagem de algumas regiões brasileiras.
Resultados: a amostra foi composta por 71 estudos classificados por temas ou eixos temáticos, sendo: 28 (39,4%) alocados no Eixo “Cuidar Durante a Pandemia”; 22 artigos (31%) no Eixo “Saúde do Trabalhador da Área da Saúde/Enfermagem”; 4 (5,6%) em “Estratégias de enfrentamento diante da Covid-19” e 17 (23,9%) em “Outros Temas Gerais Relacionados à Pandemia”.
Considerações finais: evidenciou-se que a enfermagem teve uma importante produção científica nesse período pandêmico e mostrou-se politizada, realizadora de análises críticas das situações estudadas, com resultados pertinentes e robustos.

Palavras-chave:

enfermagem; revisão; infecções por coronavirus; Competência profissional

Introdução

A enfermagem é uma profissão reconhecida desde a segunda metade do século XIX; provê a assistência à saúde por meio dos cuidados e os atributos necessários às atividades assistenciais que eram anteriormente desenvolvidas, foram oficialmente acrescentados por Florence Nightingale (1). Daquela época até a atualidade, apresentou desenvolvimento científico relevante, que lhe foi agregando conhecimento robusto e cientificidade, ampliando o seu mercado de trabalho e passando a ser considerada a profissão do cuidado (1). Entretanto, apesar de sua importância para a área da saúde, ainda não recebeu o reconhecimento que merece; esse fato é representado pelos salários insuficientes, trabalho incessante e intenso em ambientes insalubres, duplas e triplas jornadas e trabalho extenuante, o que favorece os adoecimentos e os acidentes de trabalho (2-4).

No Brasil, na atual pandemia da Coronavirus Disease 2019 (Covid-19), propiciada pelo Severe Acute Respiratory Syndrome-related Coronavirus-2 (SARS-CoV-2), a enfermagem foi chamada a intensificar o seu trabalho e vem se sobressaindo pela sua expressiva atuação; com a abertura de várias Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais de campanha e a readequação dos leitos existentes, os profissionais passaram a trabalhar várias horas diárias em múltiplas frentes, objetivando diminuir os problemas resultantes da pandemia e salvar vidas, tanto em hospitais como nos atendimentos da rede básica (5-8).

A exposição dos que trabalham na chamada “linha da frente” aumentou consideravelmente; acresceu-se a tudo isso a carga horária excessiva, a insalubridade dos ambientes de trabalho, os adoecimentos, os acidentes de trabalho que, consequentemente, começaram a causar as mortes dos trabalhadores da profissão e das demais da área da saúde, incluindo-se os suicídios (9,10).

Até março de 2021 o Conselho Federal de Enfermagem havia registrado 699 óbitos de profissionais de enfermagem pelo novo coronavírus e o Brasil passou a ser o país com o maior número dessas ocorrências (54%) entre os profissionais de saúde infectados nas Américas. Sintomas de alterações mentais também passaram a manifestar-se como o estresse, a ansiedade e a depressão (11).

Em toda essa situação, a enfermagem fez-se notar mostrando a sua utilidade e valor; a profissão destacou-se, divulgou a sua capacidade de ser protagonista de sua história, mostrou que é capaz de ter capacidade resolutiva em seu itinerário para o cuidar (12).

Concomitantemente, aconteceram momentos em que sofreu agressões físicas e morais por pessoas temerosas de adquirir o vírus dos pacientes infectados, atendidos no âmbito profissional (13-14). Nas Universidades, o ensino teve que ser reinventado e adaptado à situação de emergência sanitária; os periódicos de enfermagem motivaram-se a divulgar vários editais envolvendo a Covid-19.

Então, pensou-se na seguinte questão norteadora da investigação: quais são os principais temas abordados nos periódicos brasileiros de enfermagem relacionados à pandemia da Covid-19?

Isto posto, esse estudo teve como objetivo analisar a produção cientifica brasileira da enfermagem na pandemia da Covid-19 de janeiro de 2020 até abril de 2021.

Método

Trata-se de um estudo de revisão da literatura e para a sua elaboração seus autores optaram por realizar uma consulta nos sites de alguns periódicos de enfermagem brasileiros: de São Paulo [Revista Latino-Americana de Enfermagem (RLAE), Revista da Escola de Enfermagem da USP (REUSP) e Acta Paulista de Enfermagem]; do Distrito Federal (Revista Brasileira de Enfermagem-REBEN); de Minas Gerais (Revista Mineira de Enfermagem-REME); de Goiás (Revista Eletrônica de Enfermagem-REE); de Santa Catarina (Revista Texto & Contexto Enfermagem) e de Pernambuco (Revista de Enfermagem da Universidade Federal de Pernambuco-REUOL). Considerou-se investigar os temas relacionados à pandemia da Covid-19 em alguns periódicos que abrangessem distintos estados, pois poderiam retratar as realidades regionais relacionadas à Covid-19, no extenso território brasileiro.

O estudo realizou-se, então por uma sequência de etapas.

Na primeira etapa, após a escolha dos periódicos a serem pesquisados, a busca foi realizada nos seus próprios sites considerando-se todas as publicações de textos completos, incluindo-se os editoriais, disponibilizadas on line a partir de março de 2020 sobre a temática Covid-19 até o final do mês de abril de 2021. Essa busca foi realizada por dois dos autores, sem conhecimento prévio do que cada um selecionou. Nesse processo, foram identificadas, inicialmente, 76 publicações; os títulos e algumas características dos artigos, tais como: periódicos em que foram publicados, ano da publicação, autores, objetivo geral e conclusões/recomendações foram digitados no Microsoft Word®.

Na segunda etapa, optou-se por uma classificação dos estudos encontrados por temas ou eixos temáticos. O Eixo 1 foi designado “Cuidar” e os 36 artigos (47,3%) aí incluídos indicavam a prestação da assistência de enfermagem na Covid-19; no Eixo 2 foram distribuídos os textos voltados à “Saúde do Trabalhador da Enfermagem” (23 artigos-30,2%); no Eixo 3 foram designados os demais ou os que abordavam “Outros Temas Gerais” (17 artigos-22,3%).
Na terceira etapa, foram organizados os eixos temáticos, artigos e suas características foi encaminhada a outros três autores, individualmente, para que, sem contatos uns com os outros, reafirmassem se os textos selecionados estavam alocados corretamente nos eixos e realizassem os ajustes necessários.

Na última etapa, após essa análise, a classificação original modificou-se, os títulos e números dos eixos foram alterados, excluídos cinco artigos repetidos e o total passou a 71. Assim, o Eixo 1 passou a ser “Cuidar Durante a Pandemia” e englobou 28 (39,4%) dos artigos identificados (Tabela 1); o Eixo 2 foi nominado “Saúde do Trabalhador da Área da Saúde/Enfermagem” e compôs-se de 22 (31%) (Tabela 2); foi criado um novo Eixo 3 intitulado “Estratégias de enfrentamento diante da Covid-19”, com 4 artigos (5,6%) (Tabela 3) e o original Eixo 3 passou a constituir-se o 4, com os 17 artigos (23,9%) e com o título “Outros Temas Gerais Relacionados à Pandemia” (Tabela 4). O estudo não necessitou de aprovação de Comitê de Ética em Pesquisa, por se tratar de dados disponibilizados publicamente nas plataformas desses periódicos.

Resultados

As tabelas sequentes, estão apresentados conforme a classificação por eixos, mostram os títulos dos artigos, seus autores, periódico em que foram publicados, ano da publicação, objetivos e principais conclusões/considerações.

Discussão e conclusão

A maioria dos periódicos brasileiros consultados era da região Sudeste, dois da Região Central, um do Sul e um do Nordeste. Independente da região, alguns dos autores não publicaram em seus locais de origem e textos com dados de determinadas regiões foram publicados em periódicos que não eram de sua área original. Duas produções eram de outros países, indicando a visibilidade internacional que vem sendo alcançada pelos periódicos nacionais.
Na região Norte não foi identificada publicação em periódico de enfermagem mostrando a existência de uma distribuição assimétrica no país, possivelmente vinculada à distribuição não uniforme da pós-graduação em enfermagem, conforme constatada em estudo anterior, indicando a desigualdade de acesso de regiões mais vulneráveis aos centros de produção de conhecimento, o que pode refletir no embasamento técnico-científico das práticas de enfermagem no país (15).

Quanto à divisão realizada dos artigos pelos eixos temáticos, a maior concentração prevaleceu no “Cuidar durante a Pandemia” (39,4%), o que indica que a fortaleza teórica/prática dessa profissão é exatamente o processo de cuidar. A enfermagem, desde seu início vem se empenhando em construir uma prática cientificamente fundamentada, objetivando sedimentar um campo de ciência próprio e apropriado à abordagem das pessoas que necessitam de conforto, bem-estar e atenção (16). Então, no presente estudo, os resultados reafirmaram que essa profissão realiza importantes propostas relacionadas ao processo de cuidar: de gestantes, tecendo recomendações para a assistência no enfrentamento do novo coronavírus (17); de pacientes diagnosticados ou suspeitos de Covid-19 em situações de parada cardiorrespiratória (18); de crianças com histórico de prematuridade (19); de pacientes submetidos ao transplante hepático (20); de idosos que residem sozinhos (21) ou durante o seu atendimento hospitalar (22); de pacientes oncológicos (23); durante o parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido (17) e no atendimento pré-hospitalar móvel (24), entre outros.

Idosos são considerados imunologicamente mais frágeis; na pandemia em curso, os estudos alertavam ao risco de adoecimentos deles; assim, a pandemia enfatizou as suas necessidades e vulnerabilidades em relação ao seu direito à saúde, pois eles começaram a apresentar taxas de mortalidade mais altas, principalmente se apresentavam comorbidades (25). Estudo chinês mostrou que entre 131 idosos com Covid-19, o diabetes mellitus foi um fator de risco importante (26); em investigação realizada na Turquia foi identificado que a qualidade de vida dos idosos foi afetada negativamente durante o distanciamento social, havendo uma forte ligação entre o isolamento social, a solidão e a má qualidade de vida (27).

Em crianças a enfermidade igualmente tem causado prejuízos. A infecção pelo SARS-CoV-2 alterou o trato respiratório superior e os microbiomas intestinais em nove crianças na China (28); no Oriente Médio, a maioria das hospitalizadas com Covid-19 apresentaram resultados satisfatórios; entretanto, a doença falciforme foi a comorbidade mais comum associada à admissão pediátrica desta enfermidade em Omã; na Polônia o curso clínico da Covid-19, em 106 crianças investigadas com diagnóstico confirmado, foi leve (29).

Em relação ao uso de máscaras, à medida que os países começam a diminuir o isolamento, os comportamentos preventivos como seguir recomendações de distanciamento físico, lavar as mãos com frequência e usar máscaras tornam-se cruciais para reduzir a propagação da Covid-19 (30). Uma vez que o vírus pode ser disseminado por indivíduos pré-sintomáticos e assintomáticos, o mascaramento facial universal tem sido recomendado como uma estratégia simples e de baixo custo para mitigar a transmissão virótica (31).

Nos artigos incluídos nesta revisão, o uso e a necessidade das máscaras, em decorrência da pandemia, foram argumentados. Evidências científicas sobre a eficácia de máscaras de tecido para a prevenção da Covid-19 e outras infecções respiratórias foram analisadas e foi identificado que tais máscaras, se fabricadas com duplas camadas, podem ser tão eficazes quanto as hospitalares; na pandemia, torna-se válido que a população use-as, por representarem medida preventiva com eficácia moderada na disseminação de infecções respiratórias ocasionadas por partículas de tamanho igual e/ou menor ao SARS-CoV-2 (32). Outras evidências relacionadas à eficácia do uso de máscaras de tecido contra a Covid-19 indicaram que elas não apresentam as mesmas características de proteção que as cirúrgicas, indicando risco de infecção aumentado devido à umidade, difusão de líquidos, retenção do vírus e confecção inadequada e, para a população, devem ser usadas em conjunto com outras medidas preventivas (33). Sobre a eficácia e a segurança das máscaras de tecido para a comunidade não foram localizados estudos clínicos randomizados envolvendo-as; entretanto, o seu uso possibilita uma barreira às gotículas quando comparada a nenhuma máscara (34). Nos Estados Unidos, pesquisa feita com 1629 participantes em 2020 investigou como a crença do indivíduo na ciência impactava diretamente o comportamento do uso de máscaras faciais; uma maior crença na ciência previu uma maior confiança na eficácia das máscaras faciais reduzindo a transmissão da Covid-19 (30). Máscaras de tecido, geralmente, têm um desempenho ruim em comparação com as N95 (PFF2) e as cirúrgicas em testes laboratoriais; no entanto, em parte devido à escassez global de Equipamentos de Proteção Individual, tornaram-se as mais utilizadas pelo público em geral (31).

Quanto aos artigos classificados no segundo eixo “Saúde do Trabalhador da Área da Saúde/Enfermagem” (31% dos artigos) supõe-se que os enfermeiros sentem-se mais seguros para dissertar sobre as questões relacionadas ao cuidado/assistência de enfermagem do que refletir/analisar os aspectos relativos à sua própria saúde e/ou segurança laboral. A questão da auriculoacupuntura na melhora da qualidade do sono de profissionais de enfermagem atuantes no combate à pandemia foi preocupação de estudos assemelhados (35-36) que mostraram que essas práticas otimizam a saúde de trabalhadores durante a pandemia vigente. Experiência parecida aconteceu na França, em que após analisar as origens do sofrimento dos trabalhadores da saúde e para evitar/limitar o burnout, foram propostas intervenções como "pausas de relaxamento" de 30 minutos acessíveis aos funcionários do hospital. Em um período de quatro meses, foram registradas 1233 passagens por intervenções, representando todas as profissões, incluindo principalmente enfermeiros (262), auxiliares de enfermagem (174) e médicos (109) com tensão muscular, dor espinhal ou difusa. Foi destacada a importância das consequências do intenso trabalho durante essa epidemia, a falta de gestão de seus problemas de saúde e o interesse de uma abordagem psicocorpórea nesses períodos da emergência sanitária (37).

A preocupação com a saúde dos profissionais de enfermagem foi apresentada em estudos (38-39) que mostraram a carga de infecção e óbitos daqueles expostos e atuantes nos atendimentos da pandemia; as evidências indicaram um elevado número de profissionais infectados e que faleceram. Assim, a possibilidade de infecção dos que atuam nas atividades com pacientes portadores da Covid-19 é evidente e estudos foram produzidos. No Reino Unido, como as taxas de infecção nas instalações de hemodiálise estavam altas e os profissionais de saúde nessas instalações corriam o risco de exposição ocupacional à esta doença, foram idealizados projetos de melhoria da qualidade dos serviços, para a mitigação de contaminação, tanto de pacientes como dos profissionais (40). Na França, o comportamento dos trabalhadores de saúde em relação ao hábito de lavar as mãos foi observado; constatou-se que apesar de terem sido previamente treinados a taxa de higiene das mãos na entrada do quarto diminuiu ao longo do tempo; na saída de quarto, aumentou 13,73% durante a primeira onda da Covid-19, diminuiu 9,87% durante o período pós-confinamento e recuou 2,82% durante a segunda onda (41).

A preocupação com a saúde mental dos trabalhadores de saúde mereceu vários artigos identificados na presente investigação. Assim, a ansiedade de residentes multiprofissionais foi mostrada (42), indicando que eles tiveram sua saúde mental prejudicada durante a pandemia, porém buscaram ajuda para controlar esse problema (43); a carga emocional demandada por esses profissionais apresenta importante relação com o aparecimento dos sintomas que podem desencadear a síndrome de burnout; entretanto, foi possível identificar fatores positivos relacionados ao bem-estar profissional na pandemia e fatores protetivos à saúde do trabalhador (44); quanto ao sofrimento moral (45), a articulação entre as vivências desse sofrimento e o comprometimento dos fundamentos do ambiente de trabalho saudável trouxe importantes contribuições para a adoção de estratégias de proteção e de estímulo à deliberação moral, pelos profissionais, em favor da prática e da sociedade. Enfermeiros demonstraram, também, a capacidade de transformar positivamente esta sua experiência profundamente emocional (46).

Alterações de saúde mental entre os atuantes na linha de frente da pandemia têm sido identificadas. Uma meta-análise estimou a prevalência global de problemas de saúde mental entre esses indivíduos; o transtorno de estresse pós-traumático foi o mais comum relatado durante a pandemia, seguido por ansiedade, depressão e angústia; entretanto, estudos adicionais são necessários para avaliar as estratégias de gestão adequadas para o tratamento e prevenção desses transtornos entre os profissionais de saúde (47). Na Austrália, apesar de ter menos casos relatados deste adoecimento, foi realizada uma pesquisa com 568 enfermeiras e parteiras; houve uma prevalência alta de ansiedade (56,5%), maior do que as relatadas em revisões sistemáticas, possivelmente pela comunicação veiculada na mídia sobre a situação internacional, fazendo-as experimentar ansiedade em torno da potencial piora da pandemia no país (48).

Percebe-se que entre os enfermeiros que publicaram nos periódicos anteriormente mencionados, a principal preocupação foi com o processo de cuidar, em detrimento à sua própria saúde. Entretanto, essa realidade pode ser modificada a partir da pandemia, visto a necessidade do desenvolvimento de estratégias de prevenção de adoecimento e acidentes (49).

No que diz respeito aos artigos do terceiro eixo, abordando estratégias de enfrentamento utilizadas pelos profissionais de saúde durante a pandemia, quatro deles tratavam desta temática (5,6%). Um, realizado em 2020, teve como objetivo analisar as emoções e as estratégias de coping de homens residentes no Brasil durante a pandemia e concluiu que as estratégias utilizadas focavam na significação e canalização da emoção e do sentido (50). Diante de uma situação estressante, os indivíduos desenvolvem diferentes formas de enfrentamento, relacionadas aos fatores pessoais, exigências situacionais e recursos disponíveis; ressalta-se que as estratégias de enfrentamento utilizadas em uma específica situação variam de acordo com a personalidade e as experiências vivenciadas pelos sujeitos (51). Dois estudos desta revisão abordaram estratégias de enfrentamento desenvolvidas no ensino superior de enfermagem, buscando alternativas para o replanejamento das atividades durante a pandemia (52), apresentando argumentos reflexivos sobre as medidas de aceleração da formação de enfermeiros e sua inserção no sistema de saúde brasileira (53). Identificou-se ainda pesquisa que teve por objetivo elaborar protocolo de recomendações para o enfrentamento da disseminação da Covid-19 em instituições de idosos, concluindo que o protocolo poderia ser utilizado para auxiliar enfermeiros e gestores no enfrentamento da pandemia nestes locais (39). Estudo que objetivou caracterizar a população idosa durante a pandemia da Covid-19 demonstrou maior número de adoecidos nos idosos mais vulneráveis (54).

Em relação ao Eixo 4 “Outros Temas Gerais Relacionados à Pandemia” (23,9%) foram alocados 17 artigos, com temas diversificados e alguns são comentados.

Traçou-se o perfil epidemiológico das crianças com Covid-19 e foi identificado que a maioria era do sexo masculino, com contaminação por transmissão familiar; as manifestações clínicas mais frequentes foram febre, tosse e diarreia; o tempo de internação variou de 1-20 dias, com três óbitos referidos (55). Complementando, avaliou-se o impacto da Covid-19 na saúde das crianças brasileiras; até junho de 2020, havia 74.438 casos confirmados e 373 óbitos; São Paulo, Amazonas e Pará foram os locais com mais óbitos e os sintomas apresentados foram dor de cabeça e perda de paladar/olfato (56).

O itinerário terapêutico de profissionais de saúde diagnosticados com Covid-19 foi analisado em pesquisa com 132 profissionais com esse diagnóstico, de 14 categorias diferentes da área da saúde; foram identificadas as dificuldades vivenciadas no acesso aos testes e às informações, além da demora dos resultados e do atendimento para os afastamentos funcionais, com vistas ao isolamento domiciliar (57). No Rio de Janeiro, a relação entre renda per capita e incidência acumulada de Covid-19 nos bairros daquele município foi analisada; em geral, as maiores taxas da doença foram observadas nas regiões de elevada renda; as taxas de incidência acumulada de Covid-19 foram influenciadas pela renda do bairro de residência dos casos, sugerindo que o acesso aos exames esteja ocorrendo de modo desigual (58). Em relação às fronteiras que se avizinham do Brasil, foi realizado um estudo que objetivou analisar como o isolamento social e o fechamento das fronteiras repercutiram na saúde e na economia em região de fronteira internacional; 41,9% de 2.510 pessoas estudadas indicaram que o fechamento das fronteiras/comércio influenciou negativamente a renda; para 17,7%, existiu a possibilidade de desemprego; para 89,0%, o número de doentes seria maior, se as fronteiras/comércio estivesses abertas; 63,4% sinalizaram ansiedade e 75,6% alterações na renda (59).

Em Portugal, tencionou-se compreender o processo de articulação das políticas de saúde e sociais dirigidas aos idosos durante estado de emergência por Covid-19 e implicações para a enfermagem; concluiu-se que apesar dos esforços na articulação das políticas de saúde e sociais e na reorganização dos serviços durante a pandemia, lacunas nos cuidados foram observadas, tornando-se necessário aproximar cuidados de saúde comunitários às instituições sociais, pela capacitação dos profissionais e supervisão dos cuidados (60). No Chile, estudo objetivou explorar o melhor tipo de curva ou modelo de tendência para explicar o comportamento epidemiológico do contágio por Covid-19 e derivar as possíveis causas que contribuíam para explicar o modelo correspondente e as implicações em saúde que se poderiam inferir; a conclusão foi que o número de infectados continuará aumentando e o país deve ajustar suas estratégias em torno de medidas de prevenção e controle (61).

Estudo foi realizado abordando o fechamento das fronteiras entre a República da Irlanda (Irlanda do Sul) e a Irlanda do Norte durante a "primeira onda" da pandemia Covid-19; foram exploradas perspectivas na fronteira e os achados ilustraram os desafios de viver perto da fronteira durante a pandemia, entre os dois países, que já apresentavam tensões políticas. O fechamento fronteiriço mostrou a necessidade de uma maior sincronização das respostas pandêmicas transfronteiriças (62). No Brasil, estudo com finalidade assemelhada ao chileno buscou estimar a taxa de transmissão, o pico epidemiológico e óbitos pelo novo coronavírus. Nove metrópoles estudadas apresentaram uma curva de tendência de novos casos do coronavírus com um padrão ascendente; as estimativas da taxa de transmissão, pico epidemiológico e óbitos pelo coronavírus nas metrópoles mostraram números importantes e expressivos (63).

Em Goiás, na Universidade Federal de Goiás desenvolveu-se um modelo baseado em indivíduo/agente (ABM, Agent-Based Model), útil por incorporar a heterogeneidade de uma população e permitir a avaliação de intervenções em cenários complexas; o ABM-COVID-GO III foi aplicado para avaliar a progressão da Covid-19 e tem sido útil para entender essa progressão e subsidiar políticas públicas em Goiânia e no Estado de Goiás (64). Distanciando-se dos grandes centros urbanos nacionais, estudo objetivou obter um modelo preditivo da ocorrência de casos, gravidade e óbitos por Covid-19 em Ponta Grossa-Paraná; um modelo epidemiológico suscetível-infectado-recuperado (SIR) foi construído e estimadas taxa de reprodução (R0), duração da epidemia, data do pico, número de casos, hospitalizações e óbitos; o maior número estimado de óbitos deverá ser maior entre idosos e mais acentuado entre ≥ 80 anos (65). Investigação em que foram avaliados os efeitos das intervenções não farmacêuticas e dos padrões de redução da mobilidade social sobre a dinâmica de disseminação do SARS-CoV-2 em 27 estados brasileiros, mostrou que as medidas adotadas, aliadas com a adesão da população à restrição de circulação, contribuíram para a redução da taxa de transmissão em quase todos os estados. No entanto, a adesão da população às recomendações de isolamento diminuiu gradualmente ao longo do tempo, mesmo com a expansão dos casos em todo o país (66).

Apesar de não se ter comentado muitos dos estudos, evidenciou-se que a enfermagem teve uma importante produção científica nesse período pandêmico e mostrou-se politizada, realizadora de análises críticas das situações estudadas, com resultados pertinentes e robustos. Reforçou-se o fato da profissão ser parte do processo de revisão, proposição e testagem de conceitos, significados, teorias, modelos e processos de cuidar (re)afirmando a arte e (re)construindo a ciência do cuidado (16). A maioria (39,4%) dos 71 artigos analisados direcionou-se ao processo de cuidar durante a pandemia; 31% relacionaram-se à saúde do trabalhador da área da saúde/enfermagem; 5,6% abordaram temáticas relacionadas às estratégias de enfrentamento diante da Covid-19 e 23,9% constituíram outros temas gerais relacionados. A maior concentração de artigos voltados ao cuidar indicou a fortaleza teórica/prática dessa profissão, que é representada por esse processo. A enfermagem teve importante protagonismo, realizou análises críticas pertinentes e robustas em relação às situações estudadas, com resultados consistentes.

As limitações desse estudo estão relacionadas a própria abordagem metodológica que representa uma amostra da produção científica da Enfermagem relacionada à pandemia da Covid-19 em alguns periódicos, representantes de regiões brasileiras. Já as potencialidades estão relacionadas com as possibilidades de incitar nos enfermeiros a pesquisa e a produção científica e sanar eventuais lacunas do conhecimento, bem como reconhecer o pilar da profissão que é o cuidar.

Conflitos de interesse

Nenhum.

Financiamento

Nenhum.

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