Processo de enfermagem à pessoa epiléptica na atenção primária à saúde por reconhecimento de fala Sección: Originales Cómo citar este artículo Donizeti Santos L, Vieira Guimarães L,Valverde Marques Santos S, Trevisan Martins J, de Souza Terra F, Laureano Dalle Piage CS, do Carmo Cruz Robazzi ML. Processo de enfermagem à pessoa epiléptica na atenção primária à saúde por reconhecimento de fala. Rev. iberoam. Educ. investi. Enferm. 2025; 15(1):e5. doi: https://doi.org/10.56104/Aladafe.2025.15.1021000453 Autores 1 Leonezio Donizeti Santos, 2 Leonardo Vieira Guimarães, 3 Sergio Valverde Marques Santos, 4 Julia Trevisan Martins, 5 Fabio de Souza Terra, 6 Carmem Silva Laureano Dalle Piage, 7 Maria Lucia do Carmo Cruz Robazzi 1Mestre em Tecnologia e Inovação em Enfermagem. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, São Paulo (Brasil). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9654-05272Mestre em Modelagem Computacional e Sistemas. Centro Universitário Leonardo da Vinci. Indaial, Santa Catarina (Brasil). ORCID: https://orcid.org/0009-0000-3118-46643Doutor em Ciências. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, São Paulo (Brasil). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-9412-95154Doutora em Enfermagem. Universidade Estadual de Londrina. Paraná (Brasil). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4045-03835Doutor em Ciências. Universidade Federal de Alfenas. Alfenas, Minas Gerais (Brasil). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-8322-30396Doutora em Odontologia. Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa (Brasil). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-7999-29437Doutora em Enfermagem. Universidade de São Paulo. Ribeirão Preto, São Paulo (Brasil). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2364-5787Contacto:Email: leonezio.santos@yahoo.com.br Portugues Título: Processo de enfermagem à pessoa epiléptica na atenção primária à saúde por reconhecimento de fala Resumo: Objetivo: descrever o processo de construção de um aplicativo contendo sistema de reconhecimento de fala para o desenvolvimento do processo de enfermagem (PE) na Atenção Primária à Saúde (APS) ao paciente adulto epiléptico. Metodologia: estudo metodológico, que utilizou o Design Centrado no Usuário para a construção de um aplicativo (APP) baseado na tecnologia de reconhecimento de voz, para a implementação do PE na APS.Resultados: o APP foi construído por profissional de tecnologia de informação, com a ativa participação dos autores. Após sua criação, foi avaliado e validado por 13 enfermeiros, atuantes na assistência de enfermagem das APS, com domínio do conteúdo teórico/prático de epilepsia; a maioria das questões apresentadas para avaliação da usabilidade, adequação funcional e confiabilidade para o aplicativo tipo software protótipo (15 do total de 16) aos enfermeiros avaliadores obteve o percentual superior a 90% de concordância.Conclusão: o aplicativo com sistema de reconhecimento de fala mostrou-se com as características de adequação funcional de confiabilidade, usabilidade, eficiência de desempenho e compatibilidade. Palavras-chave: enfermagem; sistematização; captação de voz; atenção primária à saúde Titulo: Proceso de enfermería para personas epilépticas en Atención Primaria de salud mediante reconocimiento de voz Resumen Objetivo: construir y validar el contenido y la funcionalidad de una aplicación que contiene un sistema de reconocimiento de voz para el desarrollo del proceso de enfermería (PE) en Atención Primaria de Salud (APS) para pacientes adultos epilépticos.Metodología: estudio metodológico, que utilizó el Diseño Centrado en el Usuario para construir una aplicación (app) basada en tecnología de reconocimiento de voz, para la implementación del PE en la APS. Resultados: la app fue construida por un profesional de tecnologías de la información, con la participación activa de los autores. Después de su creación, fue evaluado y validado por 13 enfermeros, pertenecientes a la APS, con dominio del contenido teórico-práctico de la epilepsia. La mayoría de las preguntas presentadas para evaluar la usabilidad, idoneidad funcional y confiabilidad de un prototipo de aplicación software (15 de un total de 16) a las enfermeras evaluadoras obtuvieron un porcentaje de acuerdo superior al 90%.Conclusión: la aplicación con sistema de reconocimiento de voz demostró las características de adecuación funcional de confiabilidad, usabilidad, eficiencia de desempeño y compatibilidad. Palabras clave: enfermería ; sistematización ; software ; captura de voz ; Atención Primaria de salud Title: Nursing process for epileptic people in Primary Health Care using speech recognition Abstract: Objetive: build and validate the content and functionality of an application containing a speech recognition system for the development of the nursing process (NP) in Primary Health Care (PHC) for adult epileptic patients.Methodology: methodological study, which used User-Centered Design to build an application (APP) based on speech recognition technology, for the implementation of EP in PHC.Results: the APP was built by an information technology professional. After its creation, it was evaluated and validated by 13 nurses, working in nursing care at UBS, with mastery of the theoretical/practical content of epilepsy; Most of the questions presented to evaluate usability, functional suitability and reliability for the prototype software application (15 out of a total of 16) to the evaluating nurses obtained a percentage of more than 90% agreement. Conclusion: the application with speech recognition system demonstrated the functional adequacy characteristics of reliability, usability, performance efficiency and compatibility. Keywords: nursing; systematization; software; voice capture; primary health care population IntroduçãoA epilepsia é uma das alterações neurológicas mais comuns, afetando pessoas de todas as idades; é caracterizada por uma atividade elétrica anormal que causa convulsões ou comportamento incomum [1]. Em alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos causando crises; as células cerebrais passam a se comportar de maneira hiperexcitável, levando às manifestações clínicas desta morbidade [2]. Há a característica da recorrência de convulsões não provocadas [3]. Este conjunto complexo de sintomas pode levar (ou não) à perda da consciência, muitas vezes precedida de episódios como auras, fuga de palavras e distorções de pensamento. É uma doença que sempre teve diversas acepções, desde os tempos mais remotos, estigmatizando os pacientes [4]. As crises epilépticas podem ocorrer em diferentes situações: idiopáticas, congênitas, traumatismos, infecções, problemas vasculares, neoplasias e degenerativas; as generalizadas originam-se em algum ponto dentro do encéfalo e, rapidamente, envolvem redes distribuídas bilateralmente; as focais iniciam-se dentro das redes limitadas a um hemisfério; a epilepsia é considerada uma Doença Crônica Não Transmissível [4,5].Na Atenção Primária à Saúde (APS) os enfermeiros costumam receber e cuidar de pacientes com esta patologia, aplicando-lhes o Processo de Enfermagem (PE), auxiliando-os com relação aos medicamentos a serem utilizados, ensinando-lhe sobre esta patologia, tipo e duração das crises, entre outros problemas.Enfermeiros, em conversas informais, costumam referir que desenvolver o PE demanda excessivo tempo; reclamam do tempo excessivo para elaborar este processo em detrimento de outras atividades, inclusive aquelas eminentemente assistenciais que poderiam estar realizando, ao invés de registrar informações e organizar o PE [6]. Posto isso, questionou-se: se fosse possível a realização do PE ou de algumas de suas etapas por comando vocal pelo uso de um aplicativo, poderia facilitar a realização do PE em ambientes da APS?Então, idealizou-se utilizar o comando vocal para a operacionalização deste PE, no âmbito da APS, à pessoa adulta com epilepsia. O objetivo do presente estudo foi descrever o processo de construção de um aplicativo contendo sistema de reconhecimento de fala para o desenvolvimento do processo de enfermagem (PE) na Atenção Primária à Saúde (APS) ao paciente adulto epiléptico.MetodologiaEstudo metodológico que utilizou o método Design Centrado no Usuário para a construção de um aplicativo (APP). Tais estudos dirigem-se à investigação de métodos para coleta e organização dos dados, como desenvolvimento, validação e avaliação de ferramentas e métodos de pesquisa, favorecendo a condução da investigação com acentuado rigor [7,8].O método do Design Centrado no Usuário, expressão originária do idioma inglês user-centered design, constitui-se em uma metodologia e filosofia de projeto em que as necessidades, metas e sucesso do usuário final são consideradas [7]. Aplica-se a tudo que for destinado ao uso humano, sendo seu sucesso medido pela facilidade e satisfação que os usuários experimentam ao interagirem com o resultado do projeto, ou seja, eles influenciam o projeto, à medida em que este vai se conformando [9]. No presente estudo, o Design Centrado no Usuário permitiu que fosse construído um produto de inovação tecnologicamente aprimorado aos profissionais de enfermagem, para que pudesse facilitar a elaboração e a implantação do PE em uma unidade de atendimento da APS. Entretanto, para que um projeto possa ser considerado realizado em conformidade com os conceitos do Design Centrado no Usuário, alguns princípios devem ser atendidos: o design deve ser intuitivo e, por isso, as interfaces do produto devem refletir o modelo mental do usuário para a tarefa que está sendo realizada e o designer deve garantir ao usuário conseguir aprender e usar, satisfatoriamente, tal produto no menor tempo possível [9].O estudo foi desenvolvido na cidade de Franca, Estado de São Paulo, Brasil. Foi construído em 2022 um aplicativo (APP) baseado na tecnologia de reconhecimento de voz para oferecer novas possibilidades aos profissionais de enfermagem e auxiliar a elaboração e implementação do PE na APS.Os procedimentos que foram feitos envolveram: 1) A elaboração do conteúdo necessário para realizar os dados de identificação da pessoa com alteração neurológica (epilepsia) e seu exame físico. Foi elaborado um texto escrito contendo dados iniciais para a elaboração do PE, com questões relacionadas às informações sociodemográficas e ao adoecimento epiléptico. Estas questões foram construídas embasadas em literaturas utilizadas na revisão do conteúdo e em anos de experiência prática de um dos autores do presente estudo com o atendimento assistencial de pessoas epilépticas em clinica neurológica hospitalar; 2) A digitação desse conteúdo para a utilização de um dicionário padronizado e para a contabilização de palavras a serem usadas; 3) A utilização de um conversor fonema-grafema para conversão de fonemas em uma sequência fonética, com vozes masculinas e femininas. Utilizou-se o Speech Recognizer que realiza o reconhecimento de voz para texto, usa sistemas inteligentes necessitando de amostras de áudio para se tornar um sistema eficiente de reconhecimento de voz; necessita estar on-line para utilização dos servidores da Google; 4) O uso do sistema de armazenamento Firebase, que também utiliza os servidores da Google para o armazenamento on-line; com isso pode-se ter acesso aos dados do usuário em tempo real e em qualquer lugar, facilitando o armazenamento e a consulta de dados.O APP, após construído, foi instalado no aparelho de telefonia móvel de um dos autores desta pesquisa e, por meio de alguns comandos, seguiu uma sequência de telas ou etapas para fazer o cadastro e/ou a pesquisa de dados dessas pessoas com epilepsia no sistema de atendimento da APS. Quanto ao teste e a viabilidade da sequência fonética na plataforma construída, foi organizado/discutido o sistema operacional com o especialista em Tecnologia de Informação e o APP foi testado com vozes masculinas e femininas.Para uma primeira avaliação do APP construído, após as considerações de todos os autores deste estudo e alterações de textos necessárias, foram contatados os enfermeiros atuantes na APS de Franca, SP. Um dos autores do estudo buscou-lhes, particularmente, nas unidades de saúde em que trabalhavam e mostrou-lhes o APP construído, juntamente com um instrumento de coleta de dados, acompanhando-os à medida em que as telas do aplicativo iam sendo mostradas, sanando as eventuais dúvidas. O aplicativo foi inicialmente, então, avaliado por 13 juízes (enfermeiros), que o julgaram, considerando as características relativas à adequação funcional, confiabilidade e usabilidade, eficiência de desempenho, compatibilidade e segurança de aplicativos moveis. Como critério de aceite dos itens do aplicativo a serem revisados adotou-se o percentual de no mínimo 80% de concordância entre eles bem como solicitou-se a análise e averiguação da sua compreensão quanto a sua clareza e aplicabilidade [10,11].Antes da coleta de dados, o projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, recebendo o número 56160221.0.0000.5393. Todos os enfermeiros participantes desta etapa do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).ResultadosEm relação as etapas descritas no Método, foi inicialmente elaborado por escrito, um texto com o conteúdo necessário para realizar os dados de identificação do paciente (Histórico direcionado ao paciente epiléptico) e anamnese (Exame Físico) utilizando um dicionário padronizado de termos, com tamanho especificado. Desta forma, o texto continha as seguintes questões e palavras/frases: “Data, horário, Identificação do paciente contendo nome, sexo, idade, estado civil, religião, profissão, naturalidade, procedência, escolaridade, diagnóstico médico principal de epilepsia e motivo da procura da APS; Histórico de saúde com a descrição do início dos sintomas, tempo de diagnóstico, características dos episódios epilépticos, medicações em uso no domicílio, adesão ao tratamento, protocolos, cirurgias anteriores, internações anteriores, outras doenças associadas ao histórico familiar da epilepsia uso de álcool, tabaco ou outras drogas, hábitos alimentares, padrão de eliminações, padrão de sono e repouso, presença de desconforto/dor/ansiedade, efeitos adversos da terapêutica, sexualidade, lazer, família, condições para o autocuidado e resgate das informações relevantes. Exame físico cefalo caudal com foco nas alterações apresentadas pelo paciente, cicatrizes originadas de quedas devido à doença, presença e descrição de dispositivos.Especificamente em relação à Epilepsia, foram perguntados: Desde quando começaram as crises? Como são essas crises? Você consegue perceber quando vai ter essas crises? Em algumas dessas crises você já se machucou? Consegue relatar a duração da crise? Entre as crises quais os tempos de intervalos entre uma e outra? Você toma medicamentos? Quais? Quais os outros tipos de tratamento para essa enfermidade você já buscou? Por que você acha que é acometido por essa enfermidade? Desde quando faz tratamento? Alguém na família também apresenta essa enfermidade? Qual seu estado civil?”.Na sequência, o material foi digitado e elaborado um dicionário padronizado. Este material digitado foi apresentado em reunião dos autores com o profissional de Tecnologia de Informação quando, então, utilizou-se um conversor fonema-grafema para converter os fonemas contidos no texto do conteúdo escrito em uma sequência fonética utilizando vozes masculina e feminina.Com o APP instalado em aparelho de telefonia móvel, seguiu-se uma sequência de telas ou etapas para cadastrar e/ou pesquisar os dados desses pacientes no sistema de atendimento da APS. Essas etapas mostram as sequências subsequentes:Ao iniciar o APP existe uma tela de abertura em que consta uma tecla específica para começar a pesquisa ou o cadastramento da pessoa/paciente/cliente com epilepsia. Caso essa pessoa não seja cadastrada, poderá ser feito o seu cadastramento clicando na tecla “Nova Consulta”. Em sequência aparece uma tela com o campo de Cadastro de Pessoa Física (CPF) em branco para ser preenchido por meio de gravação da voz, em que o enfermeiro deverá pressionar (clicar) a tecla gravar e em sequência falar o número do documento do paciente, ou por digitalização e, abaixo, uma tecla “Seguir”. Esta tecla, irá dar sequência para novas telas, em que terá um campo em branco para ser preenchido tanto por voz ou por digitalização, para completar o nome do paciente/cliente, idade, estado civil, horário do exame, religião, profissão, naturalidade, procedência, escolaridade, diagnostico de enfermagem, diagnóstico médico, motivo da internação, histórico de saúde, medicamentos em uso, adesão ao tratamento, cirurgias anteriores, internações anteriores, uso de álcool, tabacos, drogas. Fazendo isso, o enfermeiro deverá teclar na próxima tecla “Voltar” para ver dados da tela anterior ou a tecla “Salvar” e “Seguir para a Consulta” ou a tecla “Salvar” e “Voltar para a Tela Inicial”.Na sequência, aparece uma nova tela em que o enfermeiro deverá fazer a gravação ou digitalização dos dados coletados por ele no exame físico, começando pelo exame cefalo caudal (cabeça aos pés).Em seguida haverá algumas telas para serem preenchidas por meio da gravação da voz ou digitalização (caso o profissional assim o prefira) sobre a patologia epilepsia que acomete a pessoa, que são: -Desde quando começaram as crises? -Como são essas crises? -Você consegue perceber quando vai ter essas crises? -Em algumas dessas crises você já se machucou? -Consegue relatar a duração da crise? -Entre as crises qual o tempo de intervalo entre uma e outra? -Você toma medicamentos? -Quais? -Quais os outros tipos de tratamento para essa enfermidade você já buscou? -Por que você acha que é acometido por essa enfermidade? -Desde quando faz tratamento? -Alguém na família também apresenta essa enfermidade? -Qual seu estado civil?Após esse questionário o enfermeiro poderá clicar na tecla “Terminar” e passar para a tecla “Salvar” e “Voltar Para A Tecla Inicial” ou clicar na tecla “Voltar À Tela Anterior” para fazer alterações.Logo após a finalização de todos esses processos, o enfermeiro deverá seguir para a última tela, acionando o botão “Salvar” para armazenar todas as respostas no prontuário da pessoa avaliada, possibilitando, em tempo real, o acesso aos outros membros da equipe.Os resultados em relação a validar a viabilidade da sequência fonética em plataforma construída, comprovadamente mostraram-se viáveis. Os APP de reconhecimento de voz estão atualmente disponíveis em várias plataformas (iOS, Android, BlackBerry, Nokia, Google, entre outras) e respondem às variadas necessidades.No que se refere a realizar uma validação inicial do APP construído quanto a sua a efetividade, pelo enfermeiro para o registro do PE pelo método convencional e pelo método proposto de comando vocal, um dos autores do estudo contatou 13 enfermeiros atuantes na APS Após, testou o APP com eles e eles fizeram a avaliação do aplicativo de acordo com características relativas à adequação funcional (100%), confiabilidade (100%) e usabilidade, eficiência de desempenho (92,3%), compatibilidade e segurança de aplicativos moveis (100%). Sete informaram que o APP pode ser acessível aos profissionais da APS (53,85%).DiscussãoEm relação ao desenvolvimento do software, sabe-se que as tecnologias da informação têm seu uso incorporado a todas as profissões e são reconhecidas como ferramentas que otimizam os processos de trabalho e cuidado. No que tange as experiências internacionais na área saúde destacam-se as implementações de soluções tecnológicas de manejo clínico do paciente, diagnóstico por imagem, uso de inteligência artificial para analisar riscos e propor intervenções, rastreamento de casos, desenvolvimento de aplicativos para a geolocalização, ferramentas para análise de dados e relatórios, ferramentas de autodiagnostico e orientação à tomada de decisão, dentre outros. As iniciativas brasileiras também estão na direção das inovações com a implantação de tecnologias para atendimento pré-clínico presencial, não presencial, agendamento online, telemedicina, autoavaliação dos sintomas, canais de chat, canais telefônicos, recrutamento e treinamento de recursos humano [12].Para o apoio do PE as tecnologias utilizadas são principalmente softwares e ambiente virtual de aprendizagem, o que indica uma crescente informatização da enfermagem atual e a transição para utilização de recursos digitais tanto para o ensino quanto para a assistência [13]. Na construção e validação de conteúdo e funcionalidade do presente software (APP) buscou-se facilitar o processo de trabalho dos enfermeiros na implantação do PE na APS. Para elaborar, por escrito, o texto de um conteúdo necessário para realizar os dados de identificação do paciente e anamnese utilizando um dicionário padronizado de termos, com tamanho especificado, foram utilizados manuscritos feitos por enfermeiros, indicando como deveria ser a construção de um instrumento desta natureza, incluindo o histórico e o exame físico destinado à pessoa epiléptica. Ao texto escrito foram incorporadas questões advindas da experiência clínica de muitos anos, com pacientes epilépticos, de um dos autores deste estudo.A anamnese e o exame físico compõem a etapa do Histórico do PE e implementá-lo representa a possibilidade de ter-se um cuidado individualizado, holístico, humanizado e com embasamento científico [14].Por sua vez, os transtornos e/ou alterações neurológicas são importantes, debilitam as pessoas e devem ser detectados para que haja a possibilidade de elas conseguirem ter uma adequada qualidade de vida. Podem ser de vários tipos e dimensões e alguns de seus sintomas são: dor de cabeça ou no pescoço, dor nas costas, tonturas, convulsões, sensação de desmaio ou desmaio, paralisia facial, enrijecimento de parte do corpo, espasmos, descontrole de movimentos, zumbido, visão embaçada ou turva, alucinações, tremores, sensação de formigamento, problemas para se equilibrar, problemas de marcha, insônia ou sonolência exagerada, dificuldades para se concentrar, perda frequente de memória, confusão mental, dores nas articulações, perda súbita da força muscular, entre outros [15].O atendimento às pessoas/clientes com alterações neurológicas pelo enfermeiro deve abranger condutas que irão variar desde uma avaliação do indivíduo, até a execução de atividades voltadas ao treinamento da dicção, marcha, avaliação do hábito miccional, risco de quedas, entre outros. Este profissional deve desenvolver um plano de cuidados específico para estes pacientes e isso implica em avaliar o seu nível de consciência, reação pupilar e reações motoras e sua evolução a cada consulta e, assim, realizar o seu monitoramento [16].Quanto à pessoa com epilepsia, pode ter crises diante de alterações temporárias e reversíveis do funcionamento do cérebro, que não são causadas por febre, drogas ou distúrbios metabólicos, mas que se expressam por crises epilépticas repetidas. As causas podem ser variadas, como: lesão cerebral decorrente do parto, de uma pancada na cabeça, de infecções, de neurocisticercose, de abuso de bebidas alcoólicas, de drogas, entre outros problemas; os sintomas podem ser: “ataque epiléptico”, com a pessoa apresentando contrações musculares em todo o corpo, mordedura da língua, salivação intensa, respiração ofegante e micção involuntária; crise de “ausência” do tipo “desligamento”; crise que se manifesta como se a pessoa estivesse “alerta” mas sem controle de seus atos, fazendo movimentos automaticamente – “crise parcial complexa”; crise que pode provocar quedas ao solo sem nenhum movimento ou contrações ou, então, ter percepções visuais ou auditivas estranhas ou, ainda, alterações transitórias de memória [17].Entende-se que o APP construído contemplou a etapa inicial do PE, com possibilidades de auxiliar o enfermeiro a realizar com presteza esta atividade direcionada à pessoa com epilepsia.Em relação a elaborar um dicionário padronizado para contabilizar e identificar o número de palavras utilizadas, foi elaborado um dicionário fonético contendo as principais perguntas a serem feitas à pessoa com epilepsia e/ou seu familiar (com a voz reconhecida pelo sistema), com tais questões já apresentadas anteriormente neste texto. O reconhecimento de voz de modo automático consiste no processo em que o sinal da voz é convertido em uma representação textual; este processo veio sendo evoluído há muitos anos, embora ainda encontre limitações, como por exemplo, o tom e a velocidade da voz do locutor, seu sotaque, ruídos do meio ambiente, entre outros [18].No reconhecimento de voz, utiliza-se o método pelo qual a linguagem natural (ou convencional) é registrada e o reconhecimento de fonemas é usado para identificar uma linguagem específica. Utiliza recursos tais como: microfone, que atua como transdutor, convertendo o som falado em sinais elétricos; o digitalizador que digitaliza o som para sinais elétricos e o software que serve como recurso para converter o dado em textos. O reconhecimento de voz trabalha com o sistema de reconhecimento da fala, que distingue as ondas geradas pelos fonemas e pelo componente do padrão de reconhecimento, que identifica o fonema e mapeia em palavras. Este passo requer a integração de um dicionário fonético, listando a pronúncia fonética de cada palavra usada. O reconhecimento de voz tem sido usado com sucesso na medicina [2].Existem problemas técnicos do reconhecimento de voz/fala que são: as importantes diferenças entre os interlocutores que dificultam, a interpretação de vários fonemas; as palavras e frases que se tornam sensíveis ao contexto; a entonação e o timbre da fala que podem mudar a interpretação de uma palavra ou frase; a linguagem escrita que necessita de pontuação de acordo com regras que não estão fortemente presentes na fala e são difíceis de inferir sem conhecer o significado (vírgulas, fim de frase, citações), entre outros [19]. Para a utilização de um conversor fonema-grafema para converter os fonemas contidos no texto do conteúdo escrito em uma sequência fonética utilizando vozes masculina e feminina, conforme já explicitado, optou-se pelo conversor Speech Recognizer que converte áudio em texto, utilizando sistemas inteligentes necessitando de muitas amostras de áudio para se tornar um sistema eficiente de reconhecimento de voz; portanto para sua execução necessita estar on-line para utilização dos servidores da Google. Um dos principais benefícios da utilização deste tipo de software é que ele é um método mais rápido da digitação tradicional, embora este argumento não seja consenso entre muitos profissionais.Na Irlanda, pesquisadores realizaram um estudo que revisou sistematicamente o impacto da tecnologia de reconhecimento de fala na precisão e eficiência da documentação clínica de enfermagem; a revisão mediu a precisão e a eficiência (tempo para preenchimento da documentação) desta tecnologia de reconhecimento de fala. Foram incluídos 10 estudos e tornou-se evidente que vários dispositivos e sistemas têm sido utilizados para examinar a precisão, a eficiência e o impacto da tecnologia de reconhecimento de fala em relação à documentação de enfermagem. Foi encontrado impacto positivo desta tecnologia, com avanços significativos na acurácia/produtividade da documentação no local de atendimento. No entanto, um grau substancial de custos iniciais, requisitos de treinamento e modificação estudada da interface para unidades de saúde individuais ainda são necessários na incorporação de sistemas de tecnologia de reconhecimento de fala [20]. Estudo realizado com enfermeiros da Argentina mostrou que o uso de dispositivos móveis pode ajudar no fluxo de seu trabalho e aumentar a disponibilidade eletrônica dos registros, permitindo que as informações da pessoa sejam constantemente atualizadas em tempo real, melhorando a qualidade da assistência e a comunicação eficaz e, assim, obtendo mais dados atualizados entre os profissionais da saúde [21]. No Irã, revisão detalhada da literatura mostrou que a tecnologia de conversão de voz em texto oferece oportunidades para melhorar o processo de documentação de registos médicos, reduzir custos e tempo de registo de informações, melhorar a qualidade dos serviços prestados às pessoas e apoiar os prestadores de cuidados de saúde em questões jurídicas [22]. Nos Estados Unidos, desde 2015, os enfermeiros estão usando o reconhecimento de voz/fala e a tecnologia de processamento de linguagem para registrar os seus documentos. O software conseguiu traduzir a fala em texto com mais rapidez e precisão do que eles conseguiram digitar e, assim, poupou-lhes o tempo [23].Supõe-se então que, na APS, com a utilização de um método mais rápido de registros de documentação da saúde, os enfermeiros vão apresentar condições de ter mais tempo e atenção no atendimento às pessoas sob suas responsabilidades.Quanto a validar a viabilidade da sequência fonética em plataforma construída, assim como, de validar o APP construído por meio de avaliações de conteúdo, de aparência e de funcionalidade, apesar de não ter sido validado com todas as etapas necessárias para um processo de validação, o presente software mostrou-se viável, conforme as análises dos autores e dos juízes/enfermeiros da APS. A expressiva maioria das questões apresentadas (15 do total de 16) aos 13 enfermeiros juízes, obtiveram o percentual superior a 90% de concordância. Ou seja, pode-se considerar que estes itens foram aceitos e concordantes entre eles e o software mostrou-se compreensível e claro, indicando a possibilidade de ser aplicado na prática assistencial da APS. A única questão em que houve dificuldade de entendimento foi a última, pois diante da inexistência de um APP com características assemelhadas na rede de APS no município em estudo, apenas 58,85% informaram que o software pode ser acessível aos profissionais da APS. Entretanto, supõe-se que esta questão não interfere nas características de adequação funcional, confiabilidade, usabilidade, eficiência de desempenho e compatibilidade e segurança do aplicativo.Sabe-se que a implantação desse tipo de metodologia ainda é um desafio na maioria das instituições brasileiras; entretanto, o reconhecimento de barreiras e facilitadores pode ser útil para o desenvolvimento de estratégias que objetivem maximizar a eficácia dessa implementação [24].A literatura vem mostrar que a enfermagem possui grande número de profissionais nas instituições de saúde e, portanto, deve considerar a remodelagem de seus processos de trabalho com a utilização de ferramentas informatizadas. No entanto, é importante avaliar os benefícios reais e potenciais de tais recursos ao trabalho envolvido no PE e a sua devida documentação na Sistematização da Assistência de Enfermagem, uma vez que, pelo método tradicional, ainda ocorrem muitas falhas de registro [25].A aplicação de recursos tecnológicos poderá trazer vantagens e melhorias na atuação e no trabalho do enfermeiro, especificamente por aumentar o tempo disponível para as atividades relacionadas ao cuidado, benefícios estes mostrados em vários estudos [26-29].A limitação do presente estudo é a de não se ter realizado o processo completo de validação do APP construído, com todas as suas etapas e análises necessárias, o que poderia garantir uma maior integridade e qualidade dos resultados obtidos.ConclusãoMediante o objetivo proposto, o software foi construído e mostrou-se com as características de adequação funcional, confiabilidade, usabilidade, eficiência de desempenho e compatibilidade e segurança. Com o desenvolvimento deste APP acredita-se que, por seu meio, haverá um tratamento das informações rápidas e fidedignas referentes ao planejamento da prática de enfermagem; com isso, esses profissionais passarão menos tempo no trabalho burocrático e ficarão mais disponíveis para prestar assistência direta às pessoas, agilizando assim, todo trabalho e prestando um atendimento com mais qualidade.Conflitos de interesseNenhum.FinanciamentoNenhum. Bibliografía [1]Organização Mundial da Saúde (OMS). OMS destaca escassez de tratamento para epilepsia em países de baixa renda [internet]. Genebra: OMS; 2019. [citado 8 abr 2025]. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/20-6-2019-oms-destaca-escassez-tratamento-para-epilepsia-em-paises-baixa-renda#:~:text=OMS%20destaca%20escassez%20de%20tratamento%20para%20epilepsia%20em%20pa%C3%ADses%20de%20baixa%20renda,-Copied%20to%20clipboard&text=20%20de%20junho%20de%202019,uma%20vida%20permeada%20pelo%20estigma[2]Marin HF, Cunha ICKO. 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